O Orçamento de Estado 2026 traz consigo novas perspetivas para o setor agrícola e florestal português, marcando uma fase de transição estratégica entre políticas públicas e as exigências crescentes da sustentabilidade. A AgroGes, empresa de consultoria de referência em economia agrícola, analisou as principais medidas previstas, destacando o impacto que terão na competitividade das explorações e na gestão dos recursos florestais.
Entre as linhas de ação mais relevantes estão:
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Reforço dos apoios florestais, com enfoque na gestão sustentável e na valorização económica da floresta;
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Simplificação do acesso aos fundos europeus, facilitando a execução de investimentos agrícolas e florestais;
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Integração com a PAC Portugal 2023-2027, garantindo maior coerência entre políticas nacionais e comunitárias;
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Promoção da inovação tecnológica, com incentivos à digitalização das explorações;
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Foco na sustentabilidade, através de práticas agrícolas mais eficientes e amigas do ambiente.
Segundo a leitura inicial da AgroGes, o Orçamento aposta numa gestão mais eficiente dos incentivos públicos, privilegiando a inovação tecnológica e a valorização dos produtos agrícolas nacionais. “Esta abordagem é fundamental para garantir a sustentabilidade económica e ambiental das explorações agrícolas e florestais”, sublinha a equipa técnica da consultora.
Para o setor florestal, destacam-se medidas que incentivam:
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A prevenção de incêndios rurais, com planos de gestão integrada do território;
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A reorganização do mosaico florestal, promovendo maior diversidade e produtividade;
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O reforço das Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) como instrumentos de ordenamento e gestão colaborativa.
Já para a agricultura, prevê-se a continuidade dos apoios diretos à produção, bem como investimentos em digitalização, eficiência hídrica e adaptação às alterações climáticas.