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O Fanatismo do Veganismo

por João Júlio Cerqueira
29-12-2017 | 00:00
em Últimas, Blogs
Tempo De Leitura: 34 mins
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Recentemente uma publicação na página do Facebook causou um grande alvoroço, tendo atingido mais de 1000 comentários, com ameaças de processo legal por difamação ao autor do blog 😀

A publicação dava conta de uma pessoa que procurava referências de um cabeleireiro vegano, supostamente por não utilizar produtos testados em animais. Pretendia-se com a publicação chamar a atenção para o fanatismo ideológico que o vegetarianismo atinge, em particular o veganismo. Admito que o exemplo utilizado possa não ter sido o melhor, mas o alvoroço causado pela publicação atingiu proporções de tal ordem, que aproveito este artigo para explicar de forma detalhada o meu ponto de vista sobre este tema. Assim, nesta publicação vamos falar do fanatismo do veganismo.

Vegetariano, vegano e as questões éticas

O vegetarianismo tem vários sabores…literalmente. Temos os ovo-vegetarianos que comem ovos, lacto-vegetarianos que comem lacticínios, ovo-lacto-vegetarianos que comem ovos e lacticínios e os veganos que não comem quaisquer produtos de origem animal. Dentro do veganismo ainda temos o extremo do extremo em termos alimentares….o “raw veganism“, no qual os seus seguidores apenas comem alimentos não cozinhados acima dos 48ºC.

Ainda dentro do veganismo, temos também os veganos éticos. Estes últimos não só rejeitam qualquer produto de origem animal como todo o tipo de produtos em que os animais sejam utilizados (testes em produtos cosméticos, produtos com componentes animais, etc.). Assim, o vegano ético estende a questão da ética relacionada com os animais para todos os seus comportamentos de vida…assume o veganismo como uma filosofia de vida, uma ideologia. Algo semelhante ao jainismo (uma das origens do veganismo) , que leva as coisas ainda mais longe (por exemplo, os jainistas por vezes recusam comer batatas, cebolas e outros alimentos arrancados do chão, porque o ato de os remover do chão é traumático para a planta…).

No entanto, as fronteiras entre os conceitos descritos acima são bastante flexíveis. Por exemplo, verifica-se que aderir ao vegetarianismo (e não só ao veganismo), é sobretudo por razões éticas. Num questionário realizado a vegetarianos, dos 292 inquiridos, 234 tinham aderido à dieta por essa razão. Apenas 58 o tinham feito por questões de saúde. Um resultado semelhante foi observado quando se inquiriu exclusivamente os veganos. Uma revisão de 2012 é mais heterogénea nos resultados, mas também demonstra que a questão moral/ética se sobrepõe a todas as outras questões na generalidade. Portanto, quando na publicação do Facebook utilizei o termo “vegetariano” e não “vegano”, não foi um engano ou desconhecimento da parte do autor. Teve em consideração o facto da escolha por este estilo de vida ser feita por questões éticas, mesmo no que diz respeito ao vegetarianismo no sentido mais lato. Aliás, o conceito de vegetariano ético também existe.

Como todas as ideologias, estes estilos de vida têm determinadas crenças e conotações emocionais desligadas da realidade dos factos. Por vezes a ciência estará do seu lado, outras vezes não. Por exemplo, como vimos num artigo anterior, a alimentação vegetariana/vegana não parece ser a mais saudável apesar dos crentes o afirmarem com regularidade. Nem é necessário, como muitas vezes advogam os apologistas destes estilos de vida, ter uma alimentação exclusivamente à base de plantas para se ser ambientalmente responsável.

Falando do fanatismo do veganismo

Quando um vegano opta pelo seu estilo de vida livre de todo e qualquer produto de origem animal, está no total direito de o fazer. Aliás, a posição de não querer magoar animais sencientes – com capacidade de sentir – é inatacável e perfeitamente legítima. O problema é que o veganismo como filosofia/ideologia, também faz propaganda. Mente. Distorce factos científicos básicos para validar o seu estilo de vida. Esta propaganda não é de franja, é mainstream. Basta ver os documentários What The Health e Cowspiracy para perceber isso. Aliás, na análise crítica ao documentário What The Health já abordamos várias falsidades promovidas pelos veganos.

Além disso, a filosofia vegana em si é completamente hipócrita. A definição “oficial” do veganismo ético é alguém que, “dentro do possível e praticável, exclui do seu estilo de vida todas as formas de exploração ou crueldade para com os animais, seja para comida, vestuário ou outros propósitos.“

O problema é a definição de cada um do que é “possível e praticável”. Este conceito subjetivo pode significar o que cada vegano bem entender, como iremos ver mais à frente. Vamos começar por desfazer algumas falsidades.

Argumentos da evolução

Um dos argumentos mais bacocos usados pelos veganos: “a nossa anatomia é semelhante aos herbívoros logo…somos herbívoros“. Para defender uma posição ideológica os veganos recorrem a argumentos que qualquer criança da escola primária sabem que são falsos, afirmando que os seres humanos não são omnívoros…este foi um dos argumentos usados no documentário What the Health, no qual vários médicos veganos deram a cara…vergonha alheia.

Felizmente nem todos os veganos são crentes fanáticos e cegos seguidores da ideologia em detrimento dos factos. Uma vegana bióloga faz uma boa abordagem do tema – pelos vistos sendo uma vegana a escrever, a sanidade é por vezes recuperada. Aconselho a leitura para quem quiser uma visão mais abrangente. De forma simplificada, o conceito de omnívoro é a capacidade de comer e digerir diferentes classes de alimentos. Não vale a pena entrar em detalhes sobre a anatomia e fisiologia do corpo humano em comparação com herbívoros ou carnívoros. Comem vários tipos de alimentos, são omnívoros. A definição é simples, básica e amplamente aceite. Bater neste ponto só transforma os veganos nos “tolinhos da aldeia”.

Agora vamos mais longe: em termos evolutivos a ingestão de carne poderá ter tido um papel predominante no desenvolvimento humano.

Um artigo da Nature de 2016 aborda este tema. Segundo o artigo, o fabrico das primeiras ferramentas em pedra datas de 3.3 milhões de anos; a ingestão de carne iniciou há 2.6 milhões de anos e o fogo começou a ser utilizado há cerca de 1 milhão de anos (regularmente há 500.000 anos). Mas há quem argumente que a ingestão da carne começou mesmo antes da utilização das primeiras ferramentas.

Seguindo a primeira hipótese, pensa-se que a selecção das características anátomo-fisiológicas do Homo Erectus, com “cérebros e corpos maiores (…) dentes relativamente menores, músculos de mastigação reduzidos, capacidade de força de mordida máximas mais fracas e um intestino relativamente menor” juntamente com um maior dispêndio de energia foi possível graças à “adição da carne à dieta, processando mecanicamente os alimentos usando ferramentas de pedra (…)”.

Várias linhas de evidência indicam que o nosso antepassado Australopitecus tinha uma dieta acima de tudo à base de plantas, perdendo grande parte do seu tempo a alimentar-se e a mastigar, “uma ordem de magnitude superior aos humanos não industrializados“. Este passo, de menor necessidade de mastigação e aumento de aporte calórico foram essenciais para o desenvolvimento do cérebro humano. Outras linhas de investigação chegaram à mesma conclusão (artigo e artigo).

Era necessário, dada a nossa fisiologia, alimentos altamente calóricos para sustentar o crescimento do cérebro humano num organismo com o intestino relativamente pequeno. De facto, o nosso cérebro constitui apenas 2% da nossa massa corporal mas consome 20% da energia. O cérebro humano em repouso requer 25% mais de energia que os outros primatas num estado semelhante de atividade e cresceu três vezes mais do que era expectável em termos evolutivos. Dado que temos um sistema digestivo mais pequeno, este paradoxo energético é apenas resolvido se introduzirmos na equação alimentos mais densos em termos nutritivos. O gráfico abaixo é uma comparação dos gastos energéticos basais dos diferentes primatas. E os seres humanos estão no topo:

A importância da carne na nossa alimentação também foi estabelecida devido ao diagnóstico de uma patologia, hiperostose porótica, num crânio de uma criança com cerca de 1.5 milhões de anos, um tipo de crescimento de osso esponjoso associado a baixos níveis de ferro e vitaminas B9 e B12, resultado de uma dieta sem produtos animais numa espécie que deles necessita.

Mesmo hoje em dia, a carne poderá ser extremamente relevante para o desenvolvimento cognitivo das crianças. No Quénia colocaram crianças em três planos nutricionais isoenergéticos diferentes. As crianças do grupo da Carne apresentaram melhorias significativamente maiores nos resultados dos exames do que todos os outros grupos. E o grupo Leite apresentou melhorias significativamente maiores nos resultados dos exames do que os grupos com apenas plantas + óleo e o grupo controlo.

Concluindo: os seres humanos não são herbívoros. São omnívoros. E a carne poderá ter tido um papel essencial na transformação do ser humano em termos anátomo-fisiológicos. Sem ela, possivelmente hoje não estaríamos aqui a discutir o veganismo. Mas é necessário continuarmos a comer carne neste ponto da nossa evolução? Possivelmente não…mas vamos ver a questão nutricional.

Questões nutricionais

Se for para avaliar qual a dieta mais saudável, já vimos que não parece ser a vegetariana ou vegana. Esta dieta, ao contrário da dieta mediterrânica e mesmo pesceteriana, não demonstrou ser capaz de reduzir a mortalidade geral, que é o resultado mais importante e fidedigno.

Mas vamos supor que é a dieta mais saudável. Todas as pessoas, de qualquer faixa etária, podem aderir a esta dieta? Segundo a American Dietetic Association, sim. No entanto, esta Associação tem um currículo relativamente frágil tendo mesmo chegado a apoiar o conceito da dieta alcalina. (vergonha alheia…)

Segundo a American Dietetic Association a dieta vegana, se devidamente planeada, poderá ser implementada em praticamente todas as faixas etárias “incluindo gravidez, lactação, infância, adolescência e nos atletas.” No entanto, a European Society for Paediatric Gastroenterology, Hepatology, and Nutrition (ESPGHAN), deixa alguns reparos nos bebés e crianças:

“As dietas veganas geralmente são desencorajadas durante a alimentação complementar. Embora, teoricamente, uma dieta vegana possa atender aos requisitos nutricionais quando a mãe e o bebé seguem conselhos médicos e dietéticos em relação à suplementação, os riscos de não seguir os conselhos são graves, incluindo danos cognitivos irreversíveis por deficiência de vitamina B12 e morte. (…) As mães que aderem a uma dieta vegana precisam assegurar um suprimento adequado de nutrientes, especialmente das vitaminas B12, B2, A e D, durante a gravidez e a lactação, quer de alimentos fortificados ou suplementos. É necessária uma atenção cuidadosa para proporcionar à criança vitamina B12 suficiente (0,4 mg / dia após o nascimento, 0,5 mg / dia a partir de 6 meses) e vitamina D, ferro, zinco, ácido fólico, ácidos gordos n-3 (especialmente DHA), proteína e cálcio para garantir uma densidade de energia adequada da dieta. Tofu, produtos de feijão e produtos de soja podem ser utilizados como fontes de proteína. Os bebés que não recebem leite materno devem receber uma fórmula infantil com base na soja “.

Ou seja, na teoria é possível iniciar uma dieta vegana em qualquer fase da vida. No entanto, na prática existem alguns riscos importantes, que se não forem enquadrados poderão colocar em causa a vida da criança. Esta tabela, do mesmo artigo, refere quais os principais riscos destas dietas em termos de défices nutricionais:

Os riscos da dieta vegana, em termos nutricionais, são extremamente relevantes nas crianças. O nível de ajustamento necessário fazer na dieta para compensar todos estes riscos parece-me muito difícil no mundo real…mas infelizmente não há estudos de qualidade que abordem esta questão.  Aliás, a última revisão sistemática indica bem o desconhecimento que existe sobre esses riscos, demonstrando que na generalidade, as crianças veganas estão no percentil mais baixo do peso e altura. E existem estudos que demonstram que crianças numa dieta vegana até aos 6 anos, mesmo depois de passarem para dietas menos restritivas têm pontuações mais baixas em testes de medição das capacidades cognitivas.

Como é que esta Associação faz este tipo de aconselhamento sem estudos de qualidade, desconheço…

Nos adultos também existem alguns riscos nutricionais. Avaliando apenas as revisões sistemáticas existentes verifica-se o seguinte:

Existe um risco muito grande de risco de deficiência de vitamina B12. Tal deficiência atinge níveis preocupantes se a dieta não for bem pensada. Uma meta-análise recente indica que os “dos dezessete estudos identificados (3230 participantes), apenas dois estudos relataram que as concentrações veganas de (…) vitamina B12 sérica não diferiram dos omnívoros.” Os autores da meta-análise vão mais longe e indicam que “se pode concluir que a fonte dietética normal de vitamina B12 são os produtos animais e que aqueles que escolhem omitir ou restringir a ingestão desses produtos estão destinados a ficar com deficiência de vitamina B12.” – Ouch.

O risco de deficiência de Zinco também não é irrelevante. Uma revisão sistemática e meta-análise de 2013 conclui que o consumo e as concentrações de Zinco no sangue dos vegetarianos eram inferiores à dos não vegetarianos, com maior impacto nos veganos. Apesar da diferença não ser tremenda a nível da ingestão, dado que a dieta vegetariana e vegana são habitualmente ricas em ácido fítico, um forte quelante de cálcio, magnésio, ferro e zinco, significa que têm que ingerir 50% mais zinco para atingir os níveis diários recomendados. Assim não é de estranhar que a probabilidade de deficiências de Ferro também é mais elevada nos vegetarianos e veganos.

No caso das grávidas, para além do risco aumentado de défice de Vitamina B12 e Ferro não parece existir grandes problemas em termos de saúde.

Estas deficiências poderão ter consequências reais. Um estudo austríaco demonstrou, apesar das suas limitações, que os vegetarianos/veganos têm mais tendência para problemas psiquiátricos como depressão, ansiedade e problemas somatoformes. Recentemente esses dados foram novamente observados em homens, com maior risco de depressão que os não-vegetarianos. Teoriza-se que estas alterações podem advir de deficiências nutricionais em ferro, vitamina B12 e Ómega 3. No entanto estes dados são controversos, dado que também existem estudos que indicam exatamente o oposto – os vegetarianos demonstram menor stress e ansiedade. Outros não encontraram qualquer relação entre a dieta e o humor. Isto demonstra o quanto desconhecemos das reais consequências de optar por este estilo de vida.

Concluindo: A teoria diz-nos que uma dieta vegana é possível em qualquer altura da vida. Na prática, nas crianças, não é bem assim. Existem riscos consideráveis que se não forem adequadamente atendidos aumentam a probabilidade de défices nutricionais importantes, colocando em causa o desenvolvimento das crianças. Nos adultos e nas grávidas, desde que a suplementação seja a correta e a alimentação adequada, a probabilidade de défices nutricionais importantes é baixa. No entanto, os dados existentes sobre este estilo de vida são relativamente limitados para as implicações em termos de saúde mental (e não só) com a adopção deste tipo de dieta.

Demonização de alimentos derivados de animais

Não é incomum a demonização de alimentos como o leite por parte de entidades de defesa da proteção dos animais ou veganas. Cartazes giros como este são frequentes:

Segundo o cartaz, o leite é tóxico, está cheio de pus e aumenta o risco de uma série de doenças, inclusive cancro da mama e da próstata. Também é giro terem usado tinta vermelha a fazer de conta que é leite. Portanto, é um cartaz chocante, que acaba com um adorável “educate yourself” (educa-te). Sobre o leite, já falamos extensamente. Segundo a evidência existe um aumento do risco de cancro da próstata mas parece ter um papel protetor no cancro coloretal, cancro da mama, cancro da bexiga e no cancro do gástrico/estômago. E no global não tem qualquer impacto na mortalidade. Também não tem relação com doenças auto-imunes, doenças alérgicas nem com o autismo.

Seria mais honesto se fizessem um cartaz com uma alface e com a mensagem “não comam porque está cheia de fezes de insetos, animais e seres humanos! Está cheio de pesticidas!” ou com frases como “Sabias que legalmente os vegetais podem ser comercializados conspurcados milhões e milhões de bactérias?” – educa-te, pah! Mas ninguém faz cartazes destes porque sabemos que comer legumes, frutas e vegetais é saudável e seria errado demonizar estes alimentos.

Os fanáticos como Michael Greger, um dos “Deuses” do veganismo, acha que mentir sobre este tema é aceitável, dizendo que o leite está cheio de pus.

O leite não tem pus ou sangue. E não faltam artigos para a população a explicar este mito (artigo, artigo), assim como informação técnica (artigo e artigo). E a DECO testa regularmente o leite em Portugal.

Vamos explicar o processo de controlo de qualidade do leite.

Como todos os mamíferos, as vacas produzem leite após o parto. Às vezes, uma vaca desenvolve uma infeção nas mamas (termo técnico é úbere) que se chama mastite. Para aqueles familiarizados com a amamentação, a mastite também ocorre nos humanos. Quando existe uma mastite, de facto pode ser libertado pus pelo ducto mamário. O leite pode ter uma aparência aquosa, com flocos ou coágulos de sangue. Ou seja, as vacas podem ter mastite e de facto podem produzir leite com sangue e pus. No entanto, os produtores de leite estão perfeitamente cientes e atentos a esta situação.

Quando a mastite é detectada através da inspeção visual do leite de cada vaca antes de colocar a máquina de ordenha, o leite dessa vaca não entra na cadeia de abastecimento até que a infeção desapareça. Quando uma vaca é tratada com antibióticos para a mastite, o leite também não entra na cadeia de produção e é descartado até passar o tempo necessário para o antibiótico desaparecer do organismo da vaca. Além disso, o leite é testado na quinta e nas fábricas de processamento de leite para resíduos de antibióticos. Se forem detectados resíduos, todo o leite contaminado é descartado. Como se pode ver pelos testes abaixo, todos os leites portugueses passaram com distinção na deteção de antibióticos:

Também nas fábricas de processamento do leite fazem a chamada contagem de células somáticas. É a estas células que os fanáticos habitualmente se referem como o “pus do leite”. No entanto, o conceito de “células de pus” simplesmente não existe. O pus é composto por várias substâncias como glóbulos brancos, células epiteliais, bactérias e uma série de proteínas inflamatórias. No entanto, as células somáticas podem, na realidade, ser qualquer tipo de célula do organismo (células epiteliais do úbere da vaca, células do ducto mamário, glóbulos brancos sem existência de infeção, etc.). Não significa que o leite tenha sangue ou pus.

Este teste, contagem de células somáticas, serve para verificar a qualidade do leite. Uma contagem alta (máximo permitido é de 400.000), poderá indicar a existência de uma infeção não detetada (mastite subclínica). Perante esta suspeita, o leite é descartado. Não é na presença de infeção e eventual existência de pus…perante a suspeita o leite não entra no mercado.

Além disso, vamos supor que o leite não processado tem pus e sangue…existe um processo que se chama pasteurização, uma das grandes invenções da humanidade, que permite matar a grande maioria das bactérias presentes no leite ou outros alimentos. Portanto, mesmo assumindo a existência de “pus” no leite não processado, devido a este processo o leite continuaria a ser um alimento extremamente seguro e nutritivo.

Concluindo: O leite é um alimento perfeitamente válido e seguro para a alimentação humana. O fanatismo do veganismo utiliza tácticas de propaganda para desinformar a população sobre este e outros alimentos, como os ovos e o mel. Mentem, manipulam emocionalmente as pessoas por forma a fazerem valer o seu ponto de vista. Portanto, sempre que alguém demonizar um alimento, verifique quem é esse alguém e qual a sua agenda. Verifique se a intenção é mesmo informá-lo.

Testes em animais

Segundo os veganos, testes em animais, hoje em dia, são desnecessários dado existirem alternativas equivalentes que não levam ao sacrifício dos mesmos. É sempre engraçado observar pessoas que nunca puseram os pés num laboratório, nunca participaram num estudo clínico experimental dizerem que não é necessário utilizar animais. Dunning-Kruger em expoente máximo.

Numa grande proporção dos casos, talvez não seja necessário. Mas na grande maioria em que são utilizados, não há alternativas equivalentes.

Comecemos pelos cosméticos…

Nos cosméticos não será necessário fazer testes em animais. Aliás, em 2013 a União Europeia baniu os testes de cosméticos em animais. Nos Estados Unidos tais testes são facultativos, mas na China as empresas são obrigadas a testar os cosméticos em animais para os poderem comercializar.

Portanto, uma marca de cosméticos que exporte para a China deixa de ser considerada uma marca “vegana” ou “cruelty-free”. E os veganos deixarão de consumir produtos da marca (apesar de que muitas marcas continuam a afirmar-se “cruelty-free” mesmo após entrarem no mercado chinês).

Mas coloca-se a questão…porquê penalizar a marca e não penalizar a China? A marca está a seguir um regulamento imposto legalmente. Não será hipócrita um vegano usar o seu iPhone ou computador produzido na China para dizer que marca X não presta porque não é vegana?! Afinal de contas é a China que impõe os testes! Não será hipócrita um vegano ir ao terapeuta de medicina tradicional chinesa tratar-se, dado o impacto negativo que toda esta prática tem na vida selvagem? Mas a preocupação deve ser encontrar um cabeleireiro vegano porque usa produtos “cruelty-free”……

Outro problema é todo o conceito “cruelty-free”. Um vegano que é vegano só compra cosméticos “cruelty-free”, certo? Mas esta designação é, em si, uma hipocrisia. Marcas “cruelty-free” aproveitam-se do conhecimento adquirido pelos estudos realizados em animais quando utilizam determinadas substâncias ou então contratam empresas externas para fazerem os testes em animais. Outros vendem os mesmos produtos que já foram testados em animais no passado (e com segurança amplamente estabelecida) e dizem que agora já não testam…(duh…)

Agora vamos pensar na hipocrisia que é uma empresa que se diz “cruelty-free” apontar o dedo a empresas que gastaram tempo, dinheiro e outros recursos para inovarem e garantir a segurança dos seus produtos. Apontam-lhes o dedo, dizem que estas empresas são “anti-éticas” e ao mesmo tempo aproveitam-se do seu trabalho…

Depois é sempre giro quando marcas “cruelty-free” são tão éticas para com os animais, mas nada éticas para com os seres humanos, já que são autênticos esquemas piramidais, como a Arbonne, aprovada pela PETA e pela Vegan Society. Mas isso já não interessa, não é? Explorar seres humanos já não levanta questões éticas.

Portanto, conclui-se que estes selinhos servirão para apaziguar a consciência de quem compra estes produtos…para pouco mais.

E os estudos em animais, podem ser substituídos por alternativas?

Primeiro, existem normas éticas que são amplamente aceites e utilizadas nos testes com animais. O conceito dos 3R´s será o mais conhecido: Substituir os animais por alternativas sempre que possível; Reduzir ao mínimo o número de animais utilizados, quando a sua utilização é necessária; Garantir o bem-estar dos animais durante as experiências.

No entanto, a eliminação dos animais dos estudos experimentais não é possível, de momento. Em 2008, Andrew Blake realizou um questionário a todos os vencedores do prémio Nobel vivos em Fisiologia e Medicina. Dos 71 vencedores, 39 responderam. Dos 39 que responderam, 31 (80%) concordaram que as experiências com animais eram cruciais para o seu trabalho e 100% concordava que os testes animais ainda era uma ferramenta crucial para desenvolver novos tratamentos. Um estudo publicado na Nature em 2011 demonstrou que apesar dos investigadores não gostarem de utilizar animais na sua investigação, 90% dos 1000 entrevistados respondeu que os animais eram essenciais.

E em 2017 continuava a ser o melhor método disponível para encontrar novos tratamentos para doenças dos seres humanos. As alternativas, como os modelos computacionais; estudos em culturas de células ou tecidos; organismos alternativos podem ajudar a reduzir a utilização dos animais mas devem ser vistos como técnicas complementares e não como alternativas.

Mas há quem diga que as empresas só pensam no lucro e é por isso que usam testes em animais…fica mais barato. Bem, essa teoria é desmontada pelas próprias organizações de proteção animal. Fazer estudos em animais é muito mais caro do que as alternativas.

E também há quem diga que os modelos animais não deveriam ser utilizados porque os seus resultados, na grande maioria dos casos, não se refletem nos seres humanos. Em parte isso é verdade. Aliás, tenho sido bastante crítico no blog devido à quantidade de charlatões que utilizam os estudos em animais para convencerem os seus seguidores que a treta que vendem funciona.

No entanto, isso não invalida a utilização dos animais, como muito bem explica o Professor Robin Lovell-Badge. Apenas demonstra a ignorância sobre a investigação científica de quem utiliza esse tipo de argumentos. Vou deixar aqui um excerto traduzido do artigo citado:

“No diagrama abaixo, as percentagens vermelhas mostram a proporção de fármacos que se movem de um estágio para outro. Então, 64% das Novas Entidades Moleculares (NMEs – medicamentos essencialmente novos) passarão nos testes em animais (estudos pré-clínicos) e serão transferidos para os ensaios de Fase 1 em seres humanos. Dito de outra forma, as experiências com animais impedem 36% dos potenciais fármacos de passarem para o próximo estágio. Isso é quase certamente uma coisa boa, pois evita que os seres humanos recebam fármacos que provavelmente serão tóxicos. As percentagens na parte inferior o gráfico refletem a probabilidade percentual de que um fármaco  que tenha chegado a esse estágio percorra todo o caminho – de todas as drogas que chegam aos ensaios clínicos de Fase 2, 12% serão aprovados pelo FDA (e 88% falharão).”

“A primeira coisa a notar é que dos fármacos que passam nos testes em animais, 94% falharão durante os estágios de ensaios clínicos em humanos (Fases 1 a 3). Assim, a taxa de eliminação [de novas moléculas] é ainda maior do que as organizações de direitos dos animais sugerem.

Mas isso coloca em causa a investigação com animais?  Para isso temos que considerar que todos os fármacos que passam ensaios clínicos de Fase 1 em humanos, 86% falharão em ensaios humanos em fase posterior. No entanto, não ouvimos os ativistas sugerir que os seres humanos são um modelo inteiramente inadequado para o desenvolvimento de fármacos [para seres humanos]. 

É importante entender o processo de desenvolvimento de drogas. Antes dos testes em animais são realizados um grande número de testes em bases não animais como culturas celulares, estudos microbianos, modelos computacionais e muito mais. Estes métodos são uma forma relativamente barata de impedir que fármacos potencialmente tóxicos ou inúteis cheguem a fases de desenvolvimento mais caras e reduzir de forma considerável a utilização de animais em testes experimentais.

Portanto, contrariamente às reivindicações [dos ativistas dos direitos dos animais], dizendo que os métodos alternativos são melhores, a verdade é que 94% dos fármacos que passam os testes em animais e testes pré-clínicos não-animais falharão em testes humanos.

Então, em vez de colocar em causa apenas os testes em animais, os ativistas dos direitos dos animais colocam em causa toda a investigação pré-clínica? Em suma, não.

O papel dos testes pré-clínicos é verificar se o medicamento oferece qualquer valor terapêutico potencial e, mais importante, se é seguro o suficiente para se passar aos ensaios de Fase 1 em humanos. Isso nem sequer significa [que o fármaco] está livre de todos os efeitos colaterais, mas permite saber se um medicamento pode ser administrado com segurança em seres humanos e em que dose aproximada.

Se querem mesmo saber como os testes de animais são verdadeiramente bem-sucedidos, considere que em mais de 30 anos não houve uma única morte num ensaio clínico de Fase 1 no Reino Unido. O último grande incidente foi em 2006 nos ensaios do Northwick Park, onde 6 pessoas sofreram efeitos colaterais extremos num ensaio clínico de Fase 1 – embora seja de notar que o TGN1412 foi um tipo de molécula muito nova mal compreendida. Considerando que, normalmente, há mais de 200 ensaios clínicos de Fase I cada ano no Reino Unido (cada um envolvendo várias pessoas), os testes em animais foram excepcionalmente eficazes para manter fármacos perigosos longe das pessoas.”

Concluindo: os testes em animais continuam e continuarão a ser, num futuro próximo, instrumentos extremamente relevantes para o avanço científico da humanidade. Até poderão deixar de ser necessários, mas ainda não estamos nesse ponto. Quem diz que é possível continuar a investigar sem utilização de animais pouco sabe sobre como se faz investigação científica. E como deixou claro o  Professor Robin Lovell-Badge, se utilizarmos a lógica dos crentes, testar fármacos em humanos é inútil dada a quantidade de substâncias promissoras que ficam pelo caminho.

Organizações terroristas e ativismo ridículo

O veganismo tem várias organizações que promovem esta ideologia de vida. A mais conhecida é a People for the Ethical Treatment of Animals (PETA). É a maior organização de direitos de animais do mundo, segundo os próprios, contando com 6.5 milhões de membros e apoiantes.

Qual é o problema? O problema é que a PETA é uma entidade hipócrita e terrorista. É um caso flagrante onde fica demonstrado que a teoria do veganismo descamba na prática. Deixo os pontos mais relevantes:

1. A PETA matou 97.4% dos animais que acolheu nos seus abrigos, recorrendo à eutanásia (nada amigo dos animais, pois não?). E esta foi a declaração de quem visitou os seus abrigos:

Uma visita ao local por parte dos veterinários da Virginia Department of Agriculture and Consumer Services concluiu que “A visita suporta a asserção que a PETA não opera como uma instituição que vai de encontro ao que está definido como um abrigo animal, dado que o seu principal propósito não é encontrar casa adotivas para os animais” – ou seja, matam os animais ao mesmo tempo que advogam que não sejam mortos.

2. A PETA defende a total libertação dos animais. Isso inclui a evicção do consumo de todo o tipo de produtos animais, não testes em animais em nenhuma circunstância e não ter animais de estimação Portanto, se é vegano e tem um cão ou um gato em casa…secalhar não é vegano o suficiente.

3. A PETA cedeu milhares de dólares para defender em tribunal pessoas acusadas de crimes violentos e para apoiar organizações consideradas “terroristas” pelo FBI, como a  North American Earth Liberation Front (ELF). Bruce Friedrich, um coordenador da PETA, disse numa convenção de direitos dos animais que “rebentar coisas e partir janelas” é “uma forma fantástica para lutar pela libertação animal”. Acrescentou um “Aleluia” às pessoas dispostas a fazê-lo;

4. A PETA é contra programas de tratamento de gatos vadios. Nestes programas os gatos são capturados, tratados e novamente libertados. Segundo a PETA, seria “mais humano” matá-los. No entanto, quando porcos selvagens danificam propriedades ou colocam em perigo vidas humanas, a PETA pede “soluções não-letais”;

5. Usa tácticas deploráveis anti-carne e anti-leite dirigidas a crianças com regularidade. Aliás, gabam-se de ter atingido com a sua publicidade 1.2 milhões de crianças menores, incluindo 30.000 crianças com a idade compreendida entre os 6 e 12 anos, contactados por email sem supervisão parental. Enviam coisas giras como esta:

6. O presidente da PETA disse que “mesmo que os testes em animais permitissem a cura para a SIDA, ele seria contra estes testes.” Aliás, a PETA ataca com regularidade a March of Dimes, a Pediatric AIDS Foundation, e a American Cancer Society apenas porque suportam testes em animais para investigação de doenças ameaçadoras da vida e sobre defeitos congénitos.

7. A PETA utiliza a religião para chamar a atenção. Comparou os animais de quinta aos judeus que morreram no Holocausto (imagens aqui). Em cima disto, ainda afirmam que Jesus era vegetariano apesar de amplas evidências em contrário (tipo…a sério…). Como explicado, quando a ideologia domina, a razão perde. Este é o problema do fanatismo ideológico.

Se acha que a PETA é o único exemplo, não é. O FBI tem uma página onde descreve as atividades de outras organizações de direitos dos animais que tem comportamentos literalmente terroristas.

Concluindo: A PETA e outras organizações de defesa dos animais têm comportamentos típicos de fanáticos religiosos. Comportam-se como um culto em que as suas ideologias são colocadas acima da razão. Quando verificamos os comportamentos destas instituições na prática, toda a filosofia vegana fica comprometida. “Faz o que eu digo e não faças o que eu faço”, suponho.

Conclusão final

No fundo, a publicação do Facebook pretendia alertar que o fanatismo chega por vezes a tal ordem, que as pessoas se concentram no micro e se esquecem do macro. Que o modo de vida vegano é um amontoado de contradições e hipocrisia. Enquanto estão preocupados com o cabeleireiro vegano, milhões de burros são mortos na China para fazer uma geleia milagrosa que não cura nada. Enquanto passam tempo a ver se as maçãs que compraram estão enceradas com resinha produzida por um besouro, milhões de tubarões são mortos todos os anos para fazer sopa de tubarão.

Serviu para alertar que se devem fazer escolhas. Lutar por causas relevantes dentro desta ideologia. Será a ida ao “cabeleireiro vegano” realmente importante? Quem sou eu para decidir isso, certo?

A publicação também serviu para denunciar o fanatismo deste estilo de vida. Se os veganos forem mesmo rigorosos, a sua lista de opções alimentares (e não só) fica bastante reduzida…o mel não é vegano, porque é produzido por abelhas; o leite de amêndoa não é vegano já que leva indiretamente à morte de abelhas; o açúcar e a cerveja poderão não ser veganos; vinho e pastilha elástica poderão não ser veganos; o pão poderá não ser vegano; sacos de plástico? Não são veganos…assim como os pneus de carros e bicicletas. Assistir a um fogo de artifício de final de ano? Nada vegano (toca a fechar os olhinhos). Café e sumos? Poderão não ser veganos. Óleo de palma e abacate não são veganos, já que levam à destruição de habitats de animais.

Em última análise, a agricultura convencional não é vegana porque usa pesticidas que matam abelhas, morcegos, pássaros e peixes. Por outro lado, a agricultura orgânica também poderá não ser vegana já que usam excrementos de animais como fertilizante (e pesticidas “naturais” que também matam animais e insectos).

Levando esta ideologia mais longe, se a preocupação dos veganos é com os animais, então não deveriam ter filhos. Qual é a melhor forma de poupar direta ou indiretamente a vida dos animais? É não existirem humanos que causem esse tipo de sofrimento. Logo, não ter filhos será o passo lógico a seguir. Por outro lado, todos os veganos deverão ser anti-aborto, correto? Se as abelhas são seres sentientes, um feto humano não é um ser sentiente?

Portanto, levando à risca a cultura vegana, não é possível ser vegano neste mundo…ou então os veganos não serão tão veganos como pensam. Claro que um vegano a ler este texto irá dizer que o veganismo é realizado dentro de um conceito do “possível e do praticável”, um conceito ambíguo e mal definido, dado que cada vegano decidirá as fronteiras deste conceito…a fronteira será onde der jeito.

De acordo com o conceito abstracto do veganismo, no mundo não existirão verdadeiros veganos ou então somos todos veganos a partir do momento que tentamos minimizar dentro do “possível e do praticável” o sofrimento dos outros animais. A partir do momento que uma pessoa decide que comer carne mas não usar casacos de pêlo de animal é o seu “possível e praticável”, parabéns…é um vegano.

Fonte: Scimed

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