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Os economistas correm para avaliar o impacto deste ataque, que pode desencadear a maior guerra na Europa desde 1945. É improvável que o conflito leve a economia global de volta a uma recessão, dizem, mas o tumulto nos mercados, a ameaça de sanções punitivas e a potencial perturbação no fornecimento já estão a fazer subir o preço da energia e de alguns produtos agrícolas. Em resultado disso, os consumidores pagarão mais pela gasolina e pelos alimentos.
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Alimentos
Os preços globais dos alimentos já estavam perto de um recorde dos últimos 10 anos. Agora, o conflito Rússia-Ucrânia pode piorar as coisas.
A Rússia é o maior exportador mundial de trigo, enquanto que a Ucrânia é um exportador importante de trigo e de milho. Também exportam óleos vegetais.
Os preços do trigo saltaram para o nível mais alto desde 2012, na quinta-feira. O preço do milho também disparou. A soja, que geralmente é negociada em linha com o milho, também subiu.
O Egito e a Turquia são os principais compradores do trigo russo. Mas não serão os únicos afetados se os carregamentos se atrasarem ou se as sanções atrapalharem as exportações.
“Independentemente do local para onde vão os alimentos, é óbvio que, se houver uma escassez geral no mundo, o preço irá aumentar”, disse May.
A Ucrânia ainda precisava de exportar 15 milhões de toneladas de milho e entre 5 a 6 milhões de toneladas de trigo nesta temporada, segundo o analista de bens de consumo do Rabobank, Michael Magdovitz.
Agora, os compradores como a China voltam-se para a Europa e para os Estados Unidos para preencher a lacuna. Se o conflito continuar, o abastecimento limitado pode tornar-se ainda mais limitativo.
“Se tivermos um conflito prolongado, teremos de encontrar uma quantidade muito maior”, disse Magdovitz.
Helima Croft, diretora de estratégia global de bens de consumo da RBC Capital Markets, disse que o risco de uma maior inflação dos preços dos alimentos “parece agudo” porque a Rússia e a Ucrânia […]