O cabeça de lista do CDS-PP às eleições europeias considerou, sexta-feira, que o seu opositor eleitoral do PS, Pedro Marques, foi enquanto ministro “o rosto do maior desperdício de fundos comunitários em Portugal”.
“O extraordinário ministro que diz este Governo que foi o campeão do aproveitamento e execução de fundos comunitários foi, na verdade, o rosto do maior desperdício de milhões de euros que poderiam ter entrado em Portugal todos dias”, afirmou Nuno Melo.
O candidato dos populares ao Parlamento Europeu, que participou num jantar comício, na Póvoa de Varzim, com a presença da líder do partido, Assunção Cristas, considerou que o antigo Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, que lidera agora as listas socialistas às europeias, “falhou” enquanto governante.
“[Pedro Marques] Transformou-se no ministro do desinvestimento, e encarna uma característica do PS de quem falha: sobe. Apesar de ter desperdiçado milhões de euros em investimento comunitário, vai ser o cabeça de lista do PS”, reiterou Nuno Melo.
O também vice-presidente do CDS-PP sustentou estas afirmações divulgando taxas de execução, em Portugal, de vários programas de apoio comunitários, que considerou estarem muito “aquém do que se esperava”.
“O fundo comunitário ‘Mar 2020’ tem uma taxa de execução de 17%, o programa ‘Ferrovia 2020’ está em 9% e na agricultura estamos no fundo da tabela, com investimentos executados de 30%”, partilhou o dirigente do CDS-PP.
Usando estes exemplos, Nuno Melo considerou “ser importante o CDS ter os seus representantes no Parlamento Europeu e na Assembleia da República”, mostrando vontade em ter debates televisivos com os candidatos de todos os partidos.
“Estamos a viver um ambiente bafiento onde é difícil respirar democracia, onde ser de direita custa caro a muita gente, mas nós não temos problema em o ser”, garantiu.
Ainda sobre o momento eleitoral, e na noite em que Assunção Cristas divulgou que o CDS-PP fez uma queixa à Comissão Nacional de Eleições sobre as ações do Governo, Nuno Melo teceu críticas ao primeiro-ministro, António Costa.
“Seria simpático que cumprisse as leis que representa. Anda a inaugurar centros sociais que estão a funcionar há meses. Pare de se aproveitar do erário publico para tentar comprar os votos dos portugueses”, afirmou o candidato do CDS-PP.