O plano de defesa da floresta contra incêndios implementado pelo Governo da Madeira tem-se revelado “eficiente e eficaz”, porque a região não regista um grande fogo florestal há seis anos, disse hoje a secretária com a tutela.
“Sempre que o tempo aquece e existam condições meteorológicas propícias à propagação de incêndios, mesmo que não esteja ainda em vigência o Plano Operacional Combate a Incêndios (POCIF), o Governo Regional reativa a vigilância fixa e móvel”, afirmou Susana Prada.
A secretária regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas falava no decorrer de uma visita que efetuou à torre de vigilância do Cabo Girão, no concelho de Câmara de Lobos, para verificar o trabalho que está sendo desenvolvido.
A responsável realçou a vigilância fixa durante 24 horas/dia nestas infraestruturas espalhadas pelo território regional, sendo complementadas com a vigilância móvel realizada com recurso a “carrinhas equipadas com tanques para poder fazer o primeiro combate caso surja um incêndio”.
O objetivo é, em situações de tempo quente, não permitir que qualquer fogo detetado alastre e diminuir o tempo de intervenção, o que permite “evitar grandes incêndios”.
A responsável destacou que “os resultados estão à vista” com o plano implementado, que passa também pela política de limpeza de terrenos, aposta na vigilância e melhores meios de combate a incêndios.
“A tendência de ignições era crescente entre 2006 e 2012, mas passou a decrescente a partir de 2017 e até 2022 têm vindo consecutivamente a diminuir”, o mesmo acontecendo com a área ardida, argumentou.
Susana Prada mencionou que em 2012 se registaram 232 ignições e, em 2022, o número foi de 44, “o valor mais baixo de sempre” devido ao plano de defesa da floresta contra incêndios implementado depois de 2016.
“Verificava-se no passado que o ciclo de ocorrência de um grande incêndio era um a cada cerca três anos. Desde 2016, já vamos em seis anos em que nunca mais houve um grande incêndio” na Madeira, salientou.
Também indicou que, em 2006, arderam 3.332 hectares, 2007 1.483, em 2008 476, em 2009 288, tendo em 2010 ocorrido um grande incêndio que devastou 8.630 hectares.
“De 2016 até 2022 houve poucas ignições e pouca área ardida”, enfatizou.