A região semiautónoma chinesa de Macau proibiu hoje a importação de carne de ave e derivados, incluindo ovos, do distrito do Porto, na sequência da deteção de casos de gripe aviária.
“Os pedidos de importação de carne de frango e produtos derivados provenientes de zonas com surtos de gripe aviária não serão aprovados”, disse o Instituto de Assuntos Municipais (IAM) de Macau.
Num comunicado, o IAM prometeu “continuar a controlar rigorosamente os alimentos frescos importados e vendidos em Macau através de um mecanismo eficaz de inspeção de importação e de quarentena”.
O IAM também proibiu hoje, pelo mesmo motivo, a importação de carne de ave e derivados de várias regiões da Polónia, Alemanha, Países Baixos, Reino Unido e Estados Unidos.
Na terça-feira, a região vizinha de Hong Kong tinha proibido a importação de carne de ave e derivados, incluindo ovos, do distrito do Porto, “para proteger a saúde pública”, na sequência de uma notificação da Organização Mundial de Saúde Animal.
De acordo com dados oficiais citados no comunicado, Hong Kong não importou carne de ave ou derivados de Portugal nos primeiros nove meses de 2025.
O Centro para a Segurança Alimentar (CFS, na sigla em inglês) de Hong Kong sublinhou, num comunicado, que já contactou as autoridades portuguesas e que vai acompanhar “de perto” a situação e as informações emitidas pela Organização Mundial de Saúde Animal.
“Serão tomadas as medidas adequadas em resposta ao desenvolvimento da situação”, referiu o CFS.
Na quinta-feira, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) portuguesa determinou o confinamento de aves domésticas em 95 zonas de 14 distritos identificadas como de alto risco para a gripe aviária.
“As aves de capoeira e aves em cativeiro detidas em estabelecimentos, incluindo detenções caseiras, localizadas nas freguesias incluídas na lista das zonas de alto risco para a gripe aviária deverão ser confinadas aos respetivos alojamentos de modo a impedir o seu contacto com aves selvagens”, indicou a DGAV, num edital.
Em causa estão os distritos do Porto, Lisboa, Braga, Viana do Castelo, Aveiro, Leiria, Coimbra, Castelo Branco, Santarém, Setúbal, Évora, Beja, Portalegre e Faro.
Dois dias antes, a DGAV tinha avisado que o risco de disseminação da gripe das aves era elevado.
O número total de focos este ano em Portugal está em 31, tendo os mais recentes sido detetados numa exposição de aves em cativeiro, em Oliveira do Bairro, no distrito de Aveiro, e num estabelecimento de aves em cativeiro, na freguesia de Parreira e Chouto, no distrito de Santarém.
Estas zonas vão permanecer em restrição sanitária até 12 e 19 de dezembro, respetivamente, segundo a DGAV.
A transmissão do vírus H5N1 para humanos acontece raramente, tendo sido reportados casos esporádicos em todo o mundo. Contudo, quando ocorre, a infeção pode levar a um quadro clínico grave.












































