Os proprietários esperam desde Março resposta positiva do Ministério da Agricultura para que seja possível ter acesso a apoios que os ajudem a reconstruir a sua plantação de amoras destruída pela chuva e ventos fortes de Dezembro e Março.
Desde 2013 que Maria José Santos e Luís Silva percorrem um longo caminho para garantir o sucesso da sua plantação de amoras na Zebreira, conselho de Idanha-a-Nova, depois do processo de candidatura a fundos para a agricultura se ter arrastado durante anos. Essa estrada desembocou agora na Praça do Comércio e percorreu até uma greve de fome.
O casal mudou-se da cidade de Águeda para o interior e investiu tudo o que tinha num terreno de dezassete hectares, onde sonhava um dia vir a ter uma plantação de amoras. Poucas semanas depois da conclusão das construções das estufas, no final de Novembro, um fenómeno meteorológico atingiu a plantação e devastou as estruturas que protegiam as amoras, arrancando o plástico e o betão e fazendo com que a fruta ficasse desprotegida. As réplicas das chuvas e ventos fortes em Março ainda gravaram a situação.
O projecto representa um investimento de meio milhão de euros, co-financiado Programa de Desenvolvimento Rural (PDR). Luís Dias, colaborador da plantação, fala em prejuízos de 800 mil euros. Os constantes apoios solicitados ao Ministério da Agricultura têm sido negados apesar das diversas tentativas de contacto e de colaboração.
“Desde Abril que temos estado em contacto com a Secretaria de Estado da Agricultura e que nos foi assegurado que, apresentando nós relatórios meteorológicos que atestassem a particular violência da destruição, nos seria permitido candidatar aos fundos europeus disponibilizados para a recuperação das estufas destruídas pelo mau tempo no Algarve e no Minho”, afirma Luís Dias.
O processo, no entanto, já se arrasta há cinco