A situação de alerta devido ao risco agravado de incêndio foi prolongada até domingo, anunciou hoje a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, após uma visita à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
“Perante a adversidade de 22 dias consecutivos de calor intenso não dar sinais de abrandar, o Governo vai prolongar uma vez mais a situação de alerta, até domingo”, anunciou a ministra em declarações aos jornalistas.
Maria Lúcia Amaral sublinhou que se mantêm todas as restrições e proibições impostas pela situação de alerta de risco agravado de incêndio.
A governante começou por expressar a sua solidariedade e a do Governo para com as populações e os autarcas das regiões afetadas “perante esta calamidade, esta adversidade tão intensa” de “22 dias consecutivos de uma onda de calor ininterrupta”.
Maria Lúcia Amaral considerou que os incêndios que têm afetado o país vão ter “repercussões irreversíveis na vida das populações”.
A ministra deixou também “uma palavra de gratidão” todos os intervenientes no combate aos incêndios, nomeadamente bombeiros, Proteção Civil, sapadores, forças de segurança, autarcas e população, destacando o “cansaço e a exaustão” dos que estão há tantos dia no terreno a combater os fogos.
“Apesar do cansaço e exaustão, é preciso manter a vigilância e a luta” por parte das populações e autoridades para evitar novas situações, alertou, afirmando que “é um combate de todos”.
Confrontada pelos jornalistas com queixa de autarcas sobre falta de meios, a governante disse perceber e compreender estas preocupações e as críticas, mas que está no terreno “o maior dispositivo de sempre” no combate aos fortes incêndios que estão a assolar o país.
Contudo, afirmou que “com tudo o que está a acontecer os meios são sempre limitados”.
Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio desde 02 de agosto e nas últimas semanas têm deflagrado vários incêndios no norte e centro do país que já consumiram mais de metade dos cerca de 75 mil hectares de área ardida este ano.