O secretário de Estado da Proteção Civil defendeu hoje uma avaliação à prevenção dos incêndios, nomeadamente a tudo o que foi feito e criado desde 2018 como a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF).
“Temos que avaliar o combate, e nós cá estamos para avaliar e para assumir as responsabilidades, mas também tem que se avaliar a prevenção, o que foi feito, o que não foi feito, como é que poderia ser feito e de forma diferente”, disse Rui Rocha, em entrevista à agência Lusa.
O governante destacou o trabalho desenvolvido após os incêndios de 2017 e a constituição de uma comissão técnica independente que avaliou e constituiu um bom momento de reflexão, ajuda e contributo.
“O que depois é importante é passar à prática. E aquilo que hoje pergunto é, num conjunto de iniciativas, de entidades que foram criadas, de planos de ação que foram idealizados se conseguiram atingir os objetivos a que se propuseram ao final de oito anos”, questionou.
Rui Rocha defendeu uma avaliação do desempenho da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), criada em 2018 para coordenar, planear e avaliar o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR).
“Aquilo que eu convido todos é a perceber qual foi o objetivo para a criação da AGIF em 2018. Até 2025 qual foi o papel da AGIF em todo este setor, em tudo o que eram os seus objetivos, o seu plano de ação, as condições que tinha, se podia ter feito melhor”, disse.
Questionado se a AGIF devia ser extinta, respondeu: “Ela existe, tem o seu propósito. Temos que perceber como é que o tem cumprido e se também pode cumprir melhor. Portanto, é essa a avaliação que temos que fazer no tempo certo”.
O secretário de Estado considerou ainda que deve ser feita uma reflexão à forma como pode haver “uma maior cooperação e colaboração” das várias entidades, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF,) Proteção Civil, Forças Armadas e GNR.
“Temos que ter disponibilidade para fazer essa reflexão e perceber, por um lado, no momento do combate, como é que todas essas entidades podem melhorar a sua cooperação”, disse.