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– 16-12-2003 |
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Inc�ndios : Autores t�m perfil semelhante � restante popula��oLisboa, 15 Dez Para os autores do estudo "Caracteriza��o S�cio-psicol�gica do Incendi�rio Portugu�s", realizado pelo Instituto Superior de Pol�cia Judici�ria e Ci�ncias Criminais (ISPJCC) e pela Universidade do Minho com base numa amostra de 74 incendi�rios condenados, não existe um conjunto de caracterásticas particulares que permita definir um perfil e apurar as motiva��es deste tipo de crime. "J� deix�mos de lado a ilusão de que � poss�vel tra�ar perfis criminais de indiv�duos que cometeram crimes não violentos. No caso dos incendi�rios h� uma grande semelhan�a com as popula��es a que pertencem, o que torna quase imposs�vel apontar indicadores relativos �s causas", disse Eduardo Ferreira, do ISPJCC. De acordo com o estudo, os incendi�rios florestais t�m, na maior parte dos casos, um baixo nível. de escolaridade (até ao 6� ano) e são trabalhadores não qualificados da constru��o civil ou da agricultura, apresentando, por isso, muitas semelhan�as com a maioria da popula��o das zonas rurais. Segundo os investigadores, a esmagadora maioria dos 47 incendi�rios florestais analisados (de uma amostra geral de 74 que abrangia Também incendi�rios urbanos) cometeu o crime pela primeira vez, j� que a taxa de reincid�ncia apurada � de apenas seis por cento. O estudo concluiu que os incendi�rios não agiram devido a um fasc�nio patol�gico pelo fogo, na medida em que a percentagem de casos de piromania foi considerada pelos investigadores como "praticamente insignificante". "A piromania � uma doen�a de preval�ncia muit�ssimo baixa e portanto � necess�rio tirar da cabe�a a ideia de que Portugal � um país de incendi�rios piroman�acos", disse Rui Abrunhosa, investigador da Universidade do Minho, respons�vel pela coordena��o do estudo. Do ponto de vista psicol�gico, a investiga��o feita com base em estudos cognitivos, testes de personalidade, entrevistas e registos biogr�ficos, concluiu ainda que "os incendi�rios t�m, no geral, uma intelig�ncia baixa", sendo que 32 por cento dos casos analisados sofrem de atraso mental. Os casos detectados de perturba��es mentais graves como a esquizofrenia paran�ide não excederam os 13 por cento, uma percentagem que inclui Também incendi�rios não florestais. No entanto, segundo os investigadores, a maior parte dos incendi�rios que apresenta um historial de comportamentos violentos e com mais tra�os de doen�a mental são os respons�veis por fogos urbanos e não por fogos florestais. Devido � dificuldade de estabelecer um perfil dos incendi�rios florestais e de determinar as suas motiva��es, o Instituto Superior da Pol�cia Judici�ria considera que não vale a pena investir num tipo de preven��o concentrado no autor do crime, mas antes numa preven��o situacional, isto � centrada na redu��o das possibilidades de ocorr�ncia do crime, nomeadamente ao nível. do aumento da vigil�ncia e limpeza das florestas. "não podemos dizer que estes indiv�duos reagem de determinada maneira, pelo que apenas uma preven��o situacional pode contribuir para reduzir este crime. Esta não � uma conclusão muito feliz, mas indica-nos que não vale a pena investir muitos recursos noutro tipo de preven��o, tanto prim�rio como secund�ria", disse Eduardo Ferreira, investigador do ISPJCC. Apesar disso, o coordenador do estudo, Rui Abrunhosa, considerou que a redu��o deste tipo de crime passa Também por uma preven��o que aposte igualmente no aumento da forma��o profissional e na identifica��o e controlo das pessoas que apresentam perturba��es ou atrasos mentais, sobretudo nas zonas rurais. "Temos que pensar em aumentar o controlo das pessoas com perturba��es mentais, sobretudo das que vivem em zonas rurais, durante a �poca de inc�ndios", disse. No Ver�o passado, arderam mais de 400 mil hectares de floresta – a maior área jamais destru�da pelas chamas num ano em Portugal – e foram detidas 93 pessoas por suspeita de fogo posto.
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