[Fonte: Correio da Manhã]
Setor de produção alimentar com recurso a insetos está a crescer e pode surgir nova legislação europeia já este ano.
Comer alimentos produzidos com farinha de insetos pode vir a ser possível em Portugal. O tema foi o foco da sexta edição do AgroIn, em Lisboa.
A produção de insetos e de produtos derivados para o consumo humano e animal é um tema cada vez mais atual, com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) a fazer recomendações neste sentido.
O setor está a crescer a nível nacional e internacional e pode surgir nova legislação europeia já este ano. Em Portugal, já existem várias empresas a apostar na produção de insetos.
A farinha de inseto para utilização em alimentos tradicionais, como o pão, é o produto no qual se está a trabalhar, neste momento, em Portugal, ao nível da produção para consumo humano.
Os insetos escolhidos pelas empresas que se dedicam a este tipo de alimento para consumo humano, no país, foram os grilos e o tenebrio. Outro tipo de insetos, como a Mosca Soldado Negro, são utilizada para converter desperdícios vegetais em fontes proteicas para animais.
O setor de produção de insetos é representado pela Portugal Insect, a Associação Portuguesa de Produtores e Transformadores de Insetos, criada em maio de 2018 pela EntoGreen, Nutrix e Portugal Bugs. A Portugal Insect está a trabalhar com outras entidades do setor, em outros países, no sentido de pressionar a União Europeia a uniformizar as regras, tendo publicado um guia com questões frequentes, disponível no site da associação.