Em Pampilhosa da Serra, António Costa deixou um “grande apelo coletivo: Precisamos de mais, mais autarcas a mobilizarem-se nesta batalha”.
O primeiro-ministro António Costa revelou esta segunda-feira que até agora o Governo recebeu apenas 97 candidaturas às verbas de 615 milhões disponíveis no Plano de Recuperação e Resiliência para a área das Florestas. Em Pampilhosa da Serra, onde esteve presente numa cerimónia de assinatura dos protocolos para as primeiras Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP), deixou um “grande apelo coletivo: Precisamos de mais, mais autarcas a mobilizarem-se nesta batalha”.
“Em Lisboa podemos desenhar os planos, desenhar os meios, mas não podemos estar no terreno a transformar cada centímetro de terra. Aí, só o poder local democrático, as pessoas”, disse o primeiro-ministro.
O Governo celebrou os contratos-programa de 47 Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP), que abrangem quase 100 mil hectares de intervenção, em 26 concelhos, com o intuito de tornar o território mais resiliente aos incêndios.
As 47 AIGP têm uma média de dois mil hectares cada uma e estima-se que estejam abrangidos pelo projeto 170 mil prédios rústicos, numa iniciativa pensada para transformar a floresta, marcada pela monocultura do eucalipto e pinheiro, com a reintrodução da agricultura e da silvopastorícia, explicou no mesmo evento o secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Paulo Catarino.
Estes contratos-programa implicam um pagamento de 1,8 milhões de euros para a identificação dos proprietários dos terrenos abrangidos, elaboração do cadastro e do próprio projeto e plano de execução, referiu.
Segundo João Paulo Catarino, será investido um total de 170 milhões de euros nas AIGP, para