O Governo recuou na medida que ia proibir estes sacos e vai substituir por uma taxa paga pelos clientes. O preço ainda não está definido.
Os sacos de plástico ultraleves, que são usados para a fruta, legumes e pão, afinal não vão acabar. No entanto, vão começar a ser pagos pelos consumidores.
A medida que proibia estes sacos transparentes devia entrar em vigor esta quinta-feira, mas o Ministério do Ambiente recuou e vai alterar a norma.
Em vez de retirar os sacos do mercado, o Governo quer passar a cobrar uma taxa aos clientes nos estabelecimentos comerciais.
“É uma medida que não tem pés nem cabeça. Não tem solução, se eles não arranjarem uma alternativa para isso. As pessoas precisam de levar as coisas. Levam onde, na mão?”, questionou José Almeida, gerente de uma mercearia.
O ministério de Duarte Cordeiro não adiantou, no entanto, quanto deverão custar estes sacos usados para o pão, fruta e legumes, nem quando é que vai avançar a medida.
“Isto vai ficar caro. O que é que nós notamos aqui, por um lado, um custo que vem sobrecarregar as famílias e, por isso, mais uma preocupação. Por outro, uma ausência de informação e sensibilização dos consumidores. Estes processos carecem de mais tempo de adaptação para as famílias”, explicou Susana Correia, jurista da DECO.
Ministro diz que cobrança de sacos de plástico visa mudar comportamentos
O ministro do Ambiente e da Ação Climática afirmou esta quarta-feira que esta medida pretende alterar comportamentos e “minimizar ou inutilizar” o uso destes sacos, “reproduzindo uma política que teve sucesso em Portugal”.
“Pareceu-nos que esta taxação poderia ser mais convidativa para a alteração destes comportamentos, sendo que o que nós queremos mesmo é aumentar o granel, a possibilidade de podermos reutilizar sacos, levar para os centros comerciais, para as mercearias outros sacos e isso ser aceite”, disse Duarte Cordeiro, citado pela agência Lusa.
O ministro lembrou que a cobrança dos sacos de plástico nas caixas dos supermercados desde 2015 “praticamente eliminou” a sua utilização e, com esta medida, o Governo pretende reproduzir “uma política que teve sucesso em Portugal”.
Questionado sobre quando a medida entrará em vigor, Duarte Cordeiro disse que está a ser ultimada a legislação e que em breve será apresentada uma proposta de lei.