O abate de pintos e a castração de leitões, duas práticas muito controversas usadas na criação de animais, serão proibidas em França no final de 2021, anunciou hoje o ministro da Agricultura, Didier Guillaume.
O governante confirmou assim, durante uma entrevista à rádio BFMTV- RMC, as medidas que já haviam sido mencionadas em novembro.
O ministro deverá detalhar ao longo do dia o plano para o bem-estar animal.
Didier Guillaume também anunciou que havia decidido, com a Alemanha e a Espanha em particular, estabelecer “a partir do próximo ano” uma rotulagem “de bem-estar animal”.
O Governo francês quer garantir aos consumidores informações claras sobre os métodos de criação e produção das mercadorias à base de carne que compram, de acordo com comunicado enviado à agência de notícias AFP.
Complementando e reforçando as medidas já em vigor, o plano quer melhorar a qualidade de vida dos animais de criação, pondo fim a práticas dolorosas, incluindo a morte de pintos machos (por esmagamento) e castração de leitões, mas também proteger os animais durante o transporte, de acordo com o comunicado de imprensa.
Para ir além, o Centro Nacional de Referência para o Bem-Estar Animal também será chamado a “definir práticas dolorosas e identificar alternativas”, referiu a nota.
O Governo francês quer ainda que o financiamento estatal seja imediatamente “destinado a edifícios que favoreçam a expressão natural do comportamento dos animais de criação”.
O ministro comprometeu-se a participar ativamente nas negociações em andamento sobre a futura Política Agrícola Comum Europeia (PAC) para direcionar o financiamento de criadores que investem em prédios de criação de animais que atendem aos padrões de bem-estar animal.
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