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– 04-07-2008 |
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Fome: N�mero de afectados aumentou em 50 milhões em 2007 devido � escassez de alimentosA quantidade de pessoas com fome em todo o Mundo aumentou 50 milhões em 2007 devido � crescente escassez de alimentos em algumas regi�es, revelou ontem o director-geral da Organiza��o para a Alimenta��o e Agricultura (FAO). Este aumento do n�mero de pessoas com fome no Mundo equivale a cinco vezes a popula��o portuguesa e atinge valores que a FAO considera preocupantes. O respons�vel da organiza��o da ONU para a Alimenta��o e Agricultura (FAO), o senegal�s Jacques Diouf, alertou para o forte impacto do encarecimento dos alimentos e da energia no sustento da popula��o mundial, no decorrer de uma confer�ncia no Parlamento Europeu, em que peritos de quatro continentes estudaram o papel da agricultura para tentar resolver a crise alimentar actual. As conclus�es da cimeira da FAO, realizada em Roma no m�s passado e subscritas por 180 países participantes, calculavam em 862 milhões a quantidade de pessoas que sofrem de subnutri��o em todo o Mundo. Jacques Diouf apelou a medidas urgentes, coordenadas entre os governos e as instituições, para poder ultrapassar o problema da fome no Mundo, que mata centenas de pessoas diariamente. Os participantes na confer�ncia enumeraram factores que fizeram propagar a crise, como o desequil�brio entre a oferta e a procura, o desenvolvimento econ�mico de países como a China e a �ndia e a expansão dos biocombust�veis extra�dos de produtos de consumo pelos humanos. Para a FAO, a especula��o e as restrições �s exporta��es agravam a crise. Na confer�ncia, organizada pela presid�ncia francesa da UE, ficou um manifesto de que "� preciso duplicar a produ��o de alimentos no Mundo". Tanto Diouf como o ministro da Agricultura franc�s, Michel Barnier, e o Comissário Europeu do Desenvolvimento, o belga Louis Michel, sublinharam que as pol�ticas dos �ltimos anos "deixaram de lado a agricultura", inclusive as humanit�rias, e que � preciso colocar esta actividade em primeiro plano. Neste contexto, os participantes aludiram Também � Pol�tica Agr�cola Comum (PAC) da UE e ao papel que t�m os subsídios comunitários – criticados pelos países emergentes – para garantir o abastecimento alimentar. O secret�rio de estado da Agricultura espanhol, Josep Puxeu, defendeu que a PAC não � um problema, mas parte de uma solu��o para a crise alimentar mundial. Esta discussão produz-se numa altura em que um grupo de países de Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC) t�m uma confer�ncia ministerial marcada para 21 de Junho, com o prop�sito de desbloquear a Ronda de Doha, iniciada em 2001 e cujo objectivo � liberalizar as trocas mundiais. Nesse sentido, o director da OMC, o franc�s Pascal Lamy, afirmou que um acordo "� vi�vel" e que "assim que for alcan�ado haver� margem" tanto para as ajudas aos produtos europeus como para as pol�ticas regionais no Terceiro Mundo. De opini�o contr�ria foi o ministro franc�s, sublinhando que não � o momento para potenciar um pacto na OMC que ponha em perigo a agricultura europeia. Representantes de países africanos insistiram na necessidade de facilitar o acesso ao mercado, como solu��o para poder manter competitiva a sua produ��o, de acordo com o comissário da Agricultura da Comunidade Econ�mica dos Estados da �frica Oeste, Ousseui Salifou. Por seu turno, o ministro da Agricultura de Marrocos, Aziz Akhannouch, disse que � necess�rio "acelerar a liberaliza��o de trocas agr�colas" e que "a UE não deve ver nisso uma nova compet�ncia, mas sim uma oportunidade". A comiss�ria europeia da Agricultura, Mariann Fischer Boel, adiantou que na pr�xima semana, em Estrasburgo, propor� destinar o dinheiro poupado pela PAC para ajudar os agricultores dos países pobres, supondo poder dispor de entre 750 e 1.000 milhões de euros adicionais, dentro dos fundos da UE destinados ao desenvolvimento.
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