O aquecimento global vai ser devastador para a agricultura. Os cenários apontam para quedas catastróficas na produção, devido sobretudo aos picos de calor, às secas e novas pragas e doenças. Mas a biotecnologia já está a trabalhar em variedades genéticas mais resistentes, que consigam sobreviver em condições extremas – e a Comissão Europeia acaba de aprovar uma proposta que, a ser adotada, dará à agricultura novas armas para enfrentar os tempos difíceis que se avizinham
Até 2050, a produção agrícola terá de duplicar, face a 2009, para alimentar uma população crescente e com maior poder de compra, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Como se isso não fosse já, só por si, desafiante (para usar um eufemismo muito em voga), um representante das Nações Unidas avisou, durante a Cimeira do Clima de 2022, que a produção alimentar pode cair, pelo menos, 30% se o aquecimento global continuar ao ritmo atual.
Por outras palavras, vamos ter de produzir (muito) mais alimentos num planeta (muito) menos produtivo.
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