Em 2017, Pedrõgão Pequeno escapou por pouco aos mais trágicos incêndios da história do país. Esta semana foi a sua vez de ver as chamas chegarem perto e de ver duas casas serem evacuadas. Não se registaram feridos, mas o panorama é o mesmo que já terminou em tragédia
Manuel Dias lembra-se de estar sentado na esplanada do Mercado de Pedrógão Pequeno, no concelho da Sertã, quando sentiu “um minitornado” aproximar-se e levantou chapéus, mesas e cadeiras. Corria o mês de junho de 2017 e o fenómeno seria a acha para a tragédia que crescia na vila vizinha, Pedrógão Grande.
Apesar de o alerta para o incêndio ter sido dado às 14 horas de 17 de junho, os habitantes da aldeia na margem esquerda do rio Zêzere – que separa Pedrógão Grande de Pedrógão Pequeno – só se aperceberam da sua dimensão na manhã seguinte, quando surgiram as notícias das primeiras mortes e os telefonemas de familiares preocupados. Nessa altura, já as chamas tinham “fugido” para o território de Figueiró dos Vinhos, deixando para trás o cheiro intenso a fumo e a sensação de segurança numa localidade que tem escapado aos efeitos trágicos dos incêndios, maiores ou mais pequenos, que deflagram à sua volta. Esta tarde de segunda-feira, dia 17, o fogo esteve mais perto que nunca depois de um incêndio, deflagrado numa zona de floresta, ter obrigado à evacuação de duas habitações. No total o incêndio chegou a mobilizar quase 300 operacionais, apoiados por mais de 80 veículos e vários meios aéreos, tendo forçado o corte do trânsito no IC8 e da estrada Nacional 2. O alerta aos bombeiros foi dado por Manuel Dias, presidente da junta de freguesia de Pedrógão Pequeno, que andava por perto da zona de origem do fogo. Ao fim do dia, a causa seria apontada na quarta-feira por Marcelo Rebelo de Sousa, depois de falar com autarca vizinho: jovens a fazer “um churrasco”. […]
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