O défice da balança comercial dos produtos agrícolas e agroalimentares (exceto bebidas) diminuiu em 2024, atingindo 5.170 milhões de euros, menos 421,4 milhões do que em 2023, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com as “Estatística Agrícolas 2024” do INE, o grupo das “carnes e miudezas comestíveis” continuou a ser o de maior peso no défice da balança comercial de produtos agrícolas e agroalimentares, atingindo 1.509,8 milhões de euros e agravando-se em 102,8 milhões de euros em 2024.
Por sua vez, o grupo dos “cereais”, que também manteve o segundo maior défice em 2024, registou um desagravamento de 233,3 milhões de euros.
Já o saldo da balança comercial das “bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres” inverteu o decréscimo do ano anterior e aumentou 91,2 milhões de euros face a 2023, tendo o excedente da balança comercial deste grupo de produtos atingido 728,9 milhões de euros em 2024.
Quanto ao saldo da balança comercial dos “produtos do setor florestal”, alcançou 3.063,7 milhões de euros em 2024, aumentando 180,5 milhões de euros face ao ano anterior.
O “papel e cartão” e a “cortiça” registaram os saldos mais elevados (1.024,4 e 919,7 milhões de euros, respetivamente), continuando o grupo da “madeira” a ser o único deficitário (-256,7 milhões de euros), apesar do desagravamento de 16,5 milhões de euros.
Em 2024, as indústrias alimentares mantiveram-se como a principal atividade da produção industrial nacional, com 16,2% do total das vendas, um reforço face aos 16,6% de2023.
Perto de 80% (77,7%) do valor das vendas das indústrias alimentares teve como destino o mercado nacional (+0,4 pontos percentuais face a 2023) e 16,6% a União Europeia (-0,3 pontos percentuais face a 2023).
Os dados hoje divulgados pelo INE apontam ainda que o valor das vendas das indústrias alimentares se fixou nos 16.700 milhões de euros em 2024, menos 400 milhões de euros do que em 2023.
A atividade de “abate de animais, preparação e conservação de carne e de produtos à base de carne” foi a mais valorizada das indústrias alimentares, com 21,3% do total do valor de vendas (20,5% em 2023).
Já a indústria das bebidas faturou 3.700 milhões de euros em 2024, mais 19,6 milhões de euros do que em 2023, tendo a “indústria do vinho” contribuído com 49,4% do total do valor das vendas (49,3% em 2023).
Quanto às vendas da indústria do tabaco, ascenderam a 832,6 milhões de euros, mais 125,2 milhões face a 2023.