Mais do que uma simples atualização legislativa, o pacote OMNIBUS sobre Segurança Alimentar e Alimentos para Animais da Comissão Europeia é visto pela CropLife Europe como uma “oportunidade para modernizar” o acesso dos agricultores europeus à inovação, sem comprometer os padrões de proteção dos consumidores e do ambiente, posição que conta com o apoio da CropLife Portugal.
De acordo com o comunicado de imprensa, nos últimos seis anos, mais de oitenta substâncias ativas, incluindo biopesticidas, deixaram de estar disponíveis para os agricultores, sem que tenha sido aprovada qualquer nova alternativa. Segundo a CropLife, quando a inovação avança mais depressa do que a regulamentação, o resultado é claro: os agricultores perdem tempo, produtividade e margem, e a União Europeia (UE) perde competitividade.
É neste contexto que o pacote OMNIBUS surge como “um passo inicial importante” para desbloquear problemas há muito identificados no sistema, salientou a CropLife, sublinhando que a aposta na simplificação, com processos de aprovação e renovação mais proporcionais, e a criação de um enquadramento mais claro para o controlo biológico são medidas positivas, necessárias e com impacto no futuro do setor.
Para João Cardoso, Diretor Executivo da CropLife Portugal, representa “um passo importante para uma implementação mais pragmática e objetiva dos regulamentos europeus, permitindo que a inovação científica em proteção das plantas chegue ao terreno com maior agilidade, sem comprometer os elevados níveis de segurança”.
Segundo a nota de imprensa, trata-se igualmente de uma oportunidade para trocar burocracia desnecessária por processos modernos, baseados na ciência, que mantêm elevados padrões de segurança e colocam, mais rapidamente, inovações comprovadas ao serviço dos agricultores.
“Esperar mais com menos ferramentas não funciona para os agricultores”, afirmou Olivier de Matos, Diretor-Geral da CropLife Europe, acrescentando ainda que “o OMNIBUS ajuda a modernizar as regras da UE para que soluções inovadoras, baseadas na ciência, cheguem mais rapidamente aos campos, mantendo elevados padrões de segurança”.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.














































