Delegações de 170 países iniciam hoje em Belém, no Brasil, uma maratona negocial de duas semanas para procurar soluções para a crise climática, numa conferência que se quer de ação.
Esta Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas é a 30.ª de um ciclo que começou na sequência da chamada Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, em 1992 no Rio de Janeiro (ECO92).
O objetivo genérico é reduzir substancialmente as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) produzidas pela humanidade, nomeadamente pela queima de combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão), que provocam um efeito de estufa no planeta e o estão a aquecer, desregulando o clima. Esse objetivo nunca foi atingido.
A partir de hoje, reunidos na chamada COP30, mais de 50.000 pessoas, entre membros de delegações oficiais, organizações não-governamentais e representantes do setor privado vão debater os temas centrais de redução de GEE, de transição para um sistema baseado em energia renováveis, de adaptação ao novo clima e de financiamento aos países menos desenvolvidos para fazerem essa transição.
Na COP da implementação, como lhe chamou a organização brasileira, serão apresentados objetivos revistos de cada país ou região para baixar as emissões de GEE, serão debatidos os financiamentos para os países menos desenvolvidos, os que já vêm de reuniões anteriores (300 mil milhões por ano por exemplo) e um novo, sobre florestas tropicais, lançado pelo Brasil na semana passada, numa cimeira de lideres que antecedeu a COP30.
E serão debatidas ações de adaptação às mudanças do clima e para que haja uma “transição justa” dos países do Sul Global, os que menos contribuíram para as emissões de GEE.
Mas também se falará de sustentabilidade, dos transportes ou da indústria, das florestas ou dos oceanos, da agricultura ou dos sistemas alimentares, das cidades, da água e das pessoas.
Portugal está representado por uma delegação que tem à frente a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, que hoje inaugura o pavilhão de Portugal na COP30.









































