O Centro de Vinificação do Vale (CEV) do Douro abriu as portas à sua primeira vindima, depois de um investimento de cinco milhões de euros num espaço, na Régua, que disponibiliza serviços a viticultores sem adega própria.
O CEV Douro, segundo foi hoje anunciado em comunicado, é um projeto de investimento privado, que junta o engenheiro químico Francisco Magalhães e a filha Andreia, auditora formada em engenharia alimentar, e pretende oferecer soluções aos pequenos e médios viticultores, designadamente àqueles que pretendem produzir vinho e não têm adega em nome próprio.
“O CEV Douro tem como princípio adaptar-se ao desejo de um produtor ou de um enólogo que procure melhores condições para fazer os seus vinhos ou os vinhos àqueles a quem presta assistência”, afirmou, citado em comunicado, Francisco Magalhães.
Para este primeiro ano de funcionamento está prevista uma vinificação máxima de 100 mil litros, fazendo parte deste número os vinhos de um projeto familiar, que vai ser apresentado no próximo ano.
O responsável explicou que ali “existem espaços onde se pode vinificar”, mas, segundo destacou, o CEV Douro “é pioneiro com todas as valências congregadas no mesmo espaço”.
“Sabemos, por exemplo, que um dos fatores críticos para a estabilidade do vinho é o transporte entre a produção e o engarrafamento, sendo que no CEV Douro esse não é um problema que se coloca”, referiu ainda.
Com capacidade de produção de 800 mil litros de vinho de mesa do Douro, já que não está apto à produção de vinho do Porto, o projeto pode prestar serviços desde a “criação à expedição para o mercado”.
Neste ano de arranque, o CEV tem ao dispor os serviços de receção e pesagem das uvas, desengace e esmagamento, fermentação alcoólica, prensagem, fermentação malolática, clarificação e estabilização do vinho, armazenamento em condições adequadas (vinho em inox ou barricas de madeira, mas também como produto acabado, em espaço devidamente climatizado) e análises enológicas, feitas internamente, em laboratório próprio.
Para 2026 está já previsto o apoio técnico ao nível da viticultura, sendo que os preços variam em função das necessidades de cada cliente, e quem contratar os serviços do CEV Douro pode ter o seu próprio enólogo ou solicitar essa prestação a Afonso Pinto, enólogo residente do projeto. O enólogo Francisco Montenegro é consultor do projeto.
Novo investimento: Centro de Vinificação do Vale do Douro já arrancou para a primeira vindima