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Cinco meses depois, o CDS regressa à aldeia de Vilela, em Oliveira do Hospital, para “colocar o dedo na ferida” e denunciar a “incompetência do Governo” na reconstrução das zonas afetadas pelos incêndios de outubro de 2017.
O regresso, desta vez em campanha eleitoral, serviu para mostrar no terreno, diz Assunção Cristas, que o Governo “não é capaz de cumprir a palavra”.
“Faz muito sentido para o CDS voltar a todos estes locais das tragédias dos incêndios e perceber que, para além dos números que o Governo gosta de apregoar, há situações e pessoas concretas que continuam um ano e meio depois dos incêndios sem terem as situações resolvidas”, afirma a líder centrista.
Não é o caso de Laura, de 95 anos e uma das habitantes que viu a sua casa afetada pelos fogos. A reconstrução da habitação chegou a estar prometida para a Páscoa, mas só este sábado regressa a casa.
É um dos exemplos da “lentidão” do Governo, aponta Assunção Cristas. Mas há mais, conta Nuno Pereira, da Associação das Vítimas dos Incêndios: “das 241 casas afetadas pelo fogo de 2017 no concelho, só 132 entraram em concurso”.
Entre “60% e 70% das casas estão validadas, mas o que nos preocupa não é o que está feito, é o que falta fazer. Estamos a falar de pessoas que nunca vão ter casa”, remata o líder associativo que acompanhou a visita do CDS.
A preocupação com o que falta fazer estende-se à floresta e à agricultara. A questão foi a oportunidade para o candidato do CDS ao Parlamento Europeu, Nuno Melo, insistir na melhor execução dos fundos comunitários – uma das bandeiras da sua candidatura.
“A nove meses do termo regular de execução dos quadros operacionais percebemos que este fundo, no que toca à floresta, tem sido executado de forma miserável, entre 14% e os 30%”, criticou.
“Ao mesmo tempo que vamos denunciando a sua baixa execução, temos o candidato do PS a dizer que não que está tudo muito bem. De facto, não há como vir aos sítios para ver como as coisas estão”, remata.
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