Castelo Branco : S� empresas afectadas apostam em reflorestação de área ardida

Na Beira Interior, "s� a ind�stria tem cortado aquilo que ardeu para proceder � reflorestação", disse � Agência Lusa o engenheiro florestal Jos� Massano, docente da Escola Superior Agr�ria de Castelo Branco.

O especialista acrrescentou que se fala "em reflorestar, mas ainda não está cortado aquilo que ardeu. Quem anda no territ�rio distrital v� que aquilo que tem sido cortado para futuras refloresta��es � s� ao nível. da ind�stria florestal" O distrito de Castelo Branco foi o que registou maior área ardida durante a vaga de inc�ndios do �ltimo Ver�o. Neste �ltimo fim- de-semana, a subida de temperaturas provocou j� alguns pequenos inc�ndios.

"As empresas j� estáo a intervir e a cortar, a pensar na pr�xima �poca de florestação. E o resto das áreas públicas e privadas? Onde está a capacidade instalada ao nível. de prestadores de corte, para abater o que ardeu?", questionou o especialista, salientando a necessidade de conclusão dos planos de ordenamento florestal.

"Em termos de planifica��o de ac��es, parece que ainda não aprendemos que o tema dos inc�ndios � uma área para o ano inteiro e que d� trabalho a muita gente", disse, sublinhando ser um trabalho "que não pode come�ar apenas em Abril, até abrir a �poca dos fogos".

Por outro lado, Jos� Massano considerou fulcral a concretização do cadastro regional de terrenos e respectivos propriet�rios.

"� fundamental saber de quem � o espaço. Temos a� um grande trabalho a fazer, porque o Instituto Geográfico Portugu�s tinha esta meta h� 14 anos atr�s e ainda não foi alcan�ada", afirmou.

"Ir para o terreno levantar pr�dios, identificar os propriet�rios, � um trabalho �rduo que precisa de ser feito. Para planificar interven��es, será sempre preciso saber com quem temos que falar e passar a mensagem. Senão, estamos a planificar algo inexequ�vel", avisou, em declarações � Agência Lusa.