Uma infestação de jacintos-de-água está a afetar o ecossistema da albufeira de Vale do Gaio, em Alcácer do Sal (Setúbal). A autarquia já solicitou o apoio das entidades competentes.
Uma infestação de jacintos-de-água está a afetar o ecossistema da albufeira de Vale do Gaio, em Alcácer do Sal (Setúbal), alertou esta sexta-feira o presidente da Junta de Freguesia do Torrão, que solicitou o apoio das entidades competentes.
“Desde o início do ano que estas plantas infestantes, jacintos-de-água e lentilhas-de-água, têm vindo a alastrar pelo espelho de água da barragem de Vale do Gaio, o que nos preocupa bastante e pedimos esclarecimentos” à Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Alentejo, explicou à agência Lusa Hélder Montinho, presidente da Junta de Freguesia do Torrão, no concelho de Alcácer do Sal.
De acordo com o autarca, que voltou a solicitar esclarecimentos à ARH, depois de um ofício enviado há uns meses, não ter surtido efeito, a praga de jacintos-de-água e de lentilhas-de-água “já cobre cerca de 50% da área da albufeira de Vale do Gaio”, que é utilizada para a rega dos campos agrícolas e desportos náuticos.
“A situação está a piorar de dia para dia e ainda esta sexta-feira a Associação de Regantes do Vale do Sado tentou retirar alguns dos jacintos-de-água mas não foi o suficiente, porque a situação está mesmo complicada e isto causa a atrofia do ecossistema da barragem”, adiantou.
O presidente da Junta de Freguesia do Torrão disse não ter meios para resolver e controlar a situação, manifestando esperança numa “intervenção urgente” das entidades competentes para evitar a proliferação destas plantas infestantes.
Contactado pela agência Lusa, o diretor da ARH do Alentejo, André Matoso, avançou que está a trabalhar em articulação com a Associação de Regantes e Beneficiários de Vale do Sado “para remover, sobretudo, o jacinto-de-água que há nas margens” da albufeira.
“O assunto já é do nosso conhecimento desde abril e por se tratar de uma planta exótica, o jacinto-de-água, não se pode combater com herbicidas e tem de ser removida mecanicamente, numa operação que começou esta sexta-feira e que se vai prolongar” para impedir a sua propagação, adiantou André Matoso.
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