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– 18-03-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Apicultores com dificuldades em recuperar do pior dos �ltimos 100 anosOdemira, 17 Mar "Os nossos receios concretizaram-se, com o pior de todos os cen�rios", afirmou Fernando Duarte, presidente da Associa��o de Apicultores do Sudoeste Alentejano, considerando o ano passado como o pior do �ltimo s�culo, levando "muitos apicultores a desistirem da actividade". De acordo com os registos da associa��o e com relatos dos apicultores mais antigos, a apicultura na zona do litoral alentejano não atravessava tamanha crise desde 1948. "Ainda assim, em 1948 a situa��o não foi t�o grave como agora", real�ou Fernando Duarte. O mesmo respons�vel associativo explicou que a falta de precipita��o em 2005, a que se associaram os inc�ndios florestais, impediu o natural desenvolvimento das plantas silvestres, de que se alimentam as abelhas para produzir mel. "A situa��o j� se arrasta h� tr�s anos, mas 2005 foi o pior, porque as colmeias não tiveram p�len suficiente para arranjar reservas para o Inverno", disse. Com as baixas temperaturas em Janeiro e Fevereiro deste ano, a situa��o agravou-se ainda mais, segundo os respons�veis do sector. "Como se j� não bastassem as abelhas que morreram antes, no Inverno as colmeias não pararam de definhar, por falta de alimento", lamentou Fernando Duarte. Nalguns casos, alegou, as baixas atingiram metade dos efectivos detidos pelos apicultores. Com as últimas chuvas deste Inverno e os primeiros raios de Sol, que anunciam a Primavera, Fernando Duarte manifesta-se mais optimista, embora afiance "não acreditar na recupera��o total". "A chuva do Inverno, que continua a cair periodicamente, e a chegada da Primavera favorecem o crescimento das plantas silvestres. Poderia ser um bel�ssimo ano em termos de temperaturas, mas os tr�s anos passados dificilmente poder�o ser recuperados", sublinhou. O problema, explicou, � que agora "a maior parte dos apicultores j� não está disposta a ter tantas colmeias e muitos abandonaram mesmo a actividade durante o período de crise". A situa��o, prosseguiu, "reflecte-se na produ��o de mel e até as exporta��es baixaram j� para metade". além das condi��es meteorol�gicas, Também o mercado não tem sido favor�vel � comercializa��o do mel, que ultimamente viu os pre�os baixarem para valores praticados h� 20 anos. "O pre�o do mel baixou 20 a 30 por cento nos �ltimos dois anos e a evolu��o dos mercados, até a nível. internacional, não indica que possa vir a subir significativamente", real�ou. O representante dos apicultores do litoral alentejano queixou-se ainda da falta de apoio do Governo, ao contrário do que acontece noutros países, caso da vizinha Espanha. "Em Portugal, os apicultores não são apoiados pelo Estado", lamentou. "Apesar de termos tecnologias mais avan�adas do que os espanh�is neste dom�nio, � dif�cil vender o mel ao mesmo pre�o do que eles, que contam com apoios que cobrem todas as suas despesas", explicou. Com "tantas adversidades" apontadas, Fernando Duarte considera que a tend�ncia "� para a apicultura acabar". "� uma pena, porque o mel portugu�s � dos melhores do mundo, além de que as abelhas contribuem para o equil�brio do ecossistema. � um recurso renov�vel que podia ser devidamente aproveitado, num país que precisa de se desenvolver", rematou.
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