A Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA) passa a chamar-se CropLife Portugal, abrindo o leque de atuação aos biopesticidas, agricultura digital e de precisão e à biotecnologia, para ser o reflexo da evolução no setor.
“Vamos passar a ter uma nova identidade, a ANIPLA passa a CropLife Portugal, passamos a ser a Associação da Ciência para a Proteção das Plantas e, no fundo, a grande transformação passa de estarmos focados nos produtos fitofarmacêuticos e abrirmos os nosso leque de atuação aos biopesticidas, agricultura digital e de precisão e também à biotecnologia”, avançou o diretor executivo da CropLife Portugal, João Cardoso, em declarações à Lusa.
O objetivo desta mudança é ser o reflexo da evolução agrícola, numa altura em que o setor está mais moderno e tecnológico, à semelhança do que acontece na restante Europa.
Num contexto de evolução científica e tecnológica é importante passar conhecimento sobre produtos fitofarmacêuticos, “cada vez mais modernos”, biopesticidas e soluções de controlo biológico, a que se juntam ferramentas nas áreas da biotecnologia e também da agricultura digital e de precisão.
“Todas estas soluções contribuem para termos um sistema alimentar mais sustentável. Temos uma população mundial em crescimento e temos que produzir mais alimentos com a mesma terra ou menos”, apontou o responsável da associação.
A variedade de soluções que podem ser oferecidas aos agricultores constitui uma “verdadeira caixa de ferramentas” para o combate às pragas e doenças infestantes, num contexto de alterações climáticas, que potencia estes problemas.
João Cardoso disse ainda que uma das grandes missões da CropLife Portugal é contribuir para um diálogo entre a parte técnica, a produção e a sociedade, de modo a que fique claro o quão moderna está a agricultura portuguesa.
Neste sentido, a associação vai lançar um novo ‘site’ e promete estar bastante ativa nas redes sociais, divulgando o conhecimento e inovação que as empresas do setor colocam no mercado.
“Creio que há um grande distanciamento entre população urbana e rural. É muito importante que saibam que se utilizam GPS, drones e sensores [na agricultura]. É uma imagem que, infelizmente, a opinião pública ainda não tem e que precisamos comunicar com muita urgência para que se esbata este fosso entre o mundo rural e o urbano”, assinalou.
Para passar esta mensagem a associação está também agora a trabalhar no congresso da CropLife, que deverá ocorrer no primeiro semestre do ano.
A par disto, continua a promover a ‘Smart Farm Virtual’, um projeto que pretende capacitar o setor agrícola para o uso sustentável de produtos fitofarmacêuticos.
Constituída em 1992, a antiga ANIPLA conta com 15 associados.