A colheita da amêndoa começou em Agosto e decorreu ao longo de todo o mês de Setembro. Em Trás-os-Montes muitos amendoais foram afectados por condições meteorológicas adversas por altura da floração/vingamento, reduzindo a carga de frutos.
Sendo os amendoais desta região maioritariamente de sequeiro, diz o Instituto Nacional de Estatística (INE), no seu Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Outubro de 2020, os baixos valores de precipitação e os prolongados períodos de temperaturas muito elevadas originaram situações de stress hídrico, principalmente nos localizados em terrenos menos profundos e/ou com menos capacidade de retenção de água.
Produtividade foi bastante afectada
Os frutos apresentaram menor peso específico e, consequentemente, a produtividade foi bastante afectada.
Também no Alentejo se verificou esta situação, embora com menos impacto, uma vez que mais de 4/5 dos amendoais desta região foram instalados na última década, já com sistemas de rega.
Acrescentam os técnicos do INE que a crescente importância desta região na produção nacional (entre 2015 e 2018 passou dos 10% da produção nacional de amêndoa para os 43%) contribuiu decisivamente para que a redução da produção global fosse mitigada (-10%, face à campanha anterior), atingindo as 30 mil toneladas, a segunda maior produção das últimas duas décadas (apenas atrás da de 2019, com 34 mil toneladas).
O artigo foi publicado originalmente em Agricultura e Mar.
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