No próximo fim de semana, São Pedro Velho, aldeia do concelho de Mirandela com menos de 200 habitantes, volta a promover a feira do morango que já não acontecia desde 2019, devido à pandemia.
Apenas quatro agricultores daquela aldeia do distrito de Bragança, produzem anualmente cerca de 100 toneladas. Perto de dez por cento da produção, estima-se que será vendida nos próximos dois dias.
Acompanhamos uma manhã de trabalho intenso na apanha do morango.
“Têm de se apanhar com jeito para não partir o morango verde que há, nem a flor”. Pouco depois das sete da manhã, aos primeiros raios de sol, Bruna Morais e mais sete pessoas davam início ao delicado processo de apanha do morango.
A poucas centenas de metros da aldeia rotulada como a capital do morango do nordeste transmontano, à beira da estrada, fica um morangal com cerca de dois hectares coberto por centenas de metros de plástico. De chapéu, por causa do sol, e com joelheiras para suavizar o constante contacto com o solo, Bruna confessa que este é um trabalho duro. “Isto ao fim do dia dá cabo de nós, são dores nas pernas e nas costas porque andamos todo o dia amarrados, por isso é que os mais novos não querem nada com isto e passam todo o dia agarrados ao computador e aos telemóveis”, diz esta mulher que já anda nestas andanças há 16 anos, repartidos pela França e Portugal.
Ainda assim, […]