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– 06-12-2003 |
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Cidades : Produção agr�cola e sistema pr�prio de �gua para as urbes do sec. XXILisboa, 05 Dez Ribeiro Telles falava em Cascais num col�quio sobre "Ambiente, Urbanismo e Arquitectura do S�culo XXI", organizado pelo Grupo Ecol�gico local, a que se juntou o presidente do munic�pio, Ant�nio Capucho. A �gua da chuva poderia ser aproveitada nas cidades portuguesas para descargas de autoclismos, lavagens de pavimentos e de garagens como se faz em Berlim, Alemanha, exemplificou o arquitecto, criticando que em Lisboa se utilize a �gua da barragem de Castelo de Bode para esse fins. Para Ribeiro Telles, as cidades devem ter agricultura e manter uma liga��o ao campo para se desenvolverem de forma equilibrada. "As cidades não vivem fechadas entre muralhas" e j� não faz sentido falar de mundo rural e mundo urbano, disse Ribeiro Telles, dando como exemplo as áreas metropolitanas. "Temos a área Metropolitana de Lisboa, que podemos considerar uma cidade regi�o", afirmou Ribeiro Telles, indicando que dentro de cinco a seis anos a AML terá cinco milhões de habitantes, sem contar com as pessoas que chegar�o do interior do país, e "um problema b�sico de circula��o de �gua da chuva". A nível. nacional – prosseguiu – come�a a desenhar-se um corredor metropolitano entre Set�bal e Viana do Castelo, "que terá de se sustentar com um campo, uma zona de produ��o". O professor defendeu que esta faixa litoral deve ser acompanhada de um corredor natural, com zonas de recreio, agricultura e zonas de protec��o (Reserva Ecol�gica Nacional). As áreas metropolitanas devem, segundo o especialista, estar ligadas por um corredor de �gua e assegurar grande parte dos alimentos consumidos. "Uma cidade regi�o tem de ter interliga��o entre agricultura e vida urbana. Sem isto caminha-se para o caos, que � o que temos hoje em Lisboa" considerou. O arquitecto sustentou que a pobreza poder� ser uma consequ�ncia de o sistema edificado predominar sobre o natural. "No interior abandonou-se a agricultura porque se entendeu que o país � florestal, mas n�s não comemos parafusos", ironizou Ribeiro Telles, para mostrar que a agricultura "não � coisa do passado". Segundo o arquitecto, devem ser criadas nas cidades bacias de reten��o de �gua, rodeadas de vegeta��o apropriada para fixar os inertes e impedir que entrem nas esta��es de tratamento de �guas e canaliza��es. A constru��o maci�a de habita��es nos n�cleos urbanos Também não � s� uma questáo estática para Ribeiro Telles, pois "o sol deixa de ter uma rela��o dupla com as fachadas". "No Inverno h� uma humidade extrema e no Ver�o h� uma secura extrema, o que tem implica��es na Saúde", disse. O actual cen�rio das cidades portuguesas "conduz ao terceiro mundo", afirmou Ribeiro Telles, real�ando a necessidade de se aplicar a lei de Estrutura��o Ecol�gica Municipal, que tem por base a circula��o da �gua. "Quando j� não h� nada para se estragar, como sucede agora em Lisboa, pretende-se construir em altura, dizendo que � para preservar o espaço público", disse. Outra arquitecta presente no encontro, L�via Tirone, definiu as cidades da Europa como o grande desafio do momento em termos de ordenamento e aproveitamento de recursos. De acordo com os dados que apresentou, 80 por cento da popula��o na Europa vive em cidades e passa 90 por cento do tempo em edif�cios, que consomem 40 por cento da energia produzida pelos países da Organiza��o para a Coopera��o e Desenvolvimento Económico (OCDE). A mobilidade (transporte) gasta 32 por cento dessa energia e a ind�stria o restante, afirmou a arquitecta, sublinhando que h� muito desperd�cio de energia nos edif�cios. além de tentar reduzir o consumo de energia el�ctrica, recorrendo ao Sol e a t�cnicas de constru��o que retenham o calor para aquecimento das habita��es, a arquitecta aludiu ainda � venda de lixo para reutiliza��o.
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