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– 05-04-2004 |
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BSE : Especialistas duvidam da transmissão da doença ao homemLisboa, 04 Abr José Augusto Cardoso Resende contesta que o consumo de carne de vaca tenha ligação directa ao aparecimento de casos de uma nova variante da Creutzfeltd Jakob, mortal, que tem sido assumida como a versão humana da doença das vacas loucas. "Para mim não há ligação. Houve, eventualmente, um erro de avaliação científica. E não há qualquer evidência científica que mostre que o consumo de carne de vaca provoca a doença. As medidas de combate que são e devem ser tomadas são-no enquanto medidas cautelares", defendeu, em entrevista à Agência Lusa, o bastonário. Para Cardoso Resende, se fosse certo que a doença das vacas loucas ou BSE (encefalopatia espongiforme bovina) é transmissível ao homem haveria já um maior número de pessoas infectadas. "Apesar das centenas de milhares de animais que foram considerados doentes, houve muita gente que comeu carne de bovino e o certo é que não há um aumento do número global de casos de Creutzfeltd Jakob que justifique ou possa ter explicação numa infecção por via da ingestão de carne", declarou. O bastonário considera que "houve uma hiper-valorização dessa possibilidade" de transmissão da doença ao homem. "Serviu às mil maravilhas ao Reino Unido, que estava isolado politicamente e economicamente no que respeita à BSE, e quando pôs isto em cima da mesa lançou o pânico na Europa. O que era um factor de estrangulamento para eles começou a afectar, por instabilidade, todos os outros países. Isto serviu eventualmente para os ingleses saírem do gueto em que se encontravam", interpretou Cardoso Resende. Um reputado especialista britânico, George Venters, chegou a apelidar a versão humana da BSE como "a epidemia que nunca o foi". Num artigo publicado em finais de 2001 mas que praticamente não chegou ao grande público, Venters apresentou argumentos para mostrar que a variante da Creutzfeltd Jakob "não é causada pelo prião" da BSE. O epidemiologista considera ainda que os casos da nova variante vão continuar a aparecer, mesmo quando a BSE deixar de existir, o que pode ser explicado pela maior atenção dada à doença. Apoiando-se nestas teorias do estudioso britânico, o bastonário português dos Veterinários considera a doença das vacas loucas "sobretudo um problema de saúde animal". "O único problema de saúde pública que pode eventualmente ter sido levantado é a ausência de medidas cautelares de protecção contra a eventualidade de haver contaminação", comentou. Apesar de não acreditar na transmissão da doença ao homem, Cardoso Resende considerou que "desvalorizar o risco que podia existir e esconder a doença, como aconteceu em Portugal, é inadmissível". O bastonário considerou também essencial a aplicação de medidas cautelares, como a proibição de ingestão de determinadas partes do bovino.
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