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– 02-06-2004 |
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UE / Ambiente : Agência europeia quer travar alterações climáticasBruxelas, 01 Jun O alerta foi feito num relatório sobre os "Sinais ambientais de 2004", divulgado em Bruxelas, no qual é traçado um cenário negativo da evolução do ambiente em muitas áreas nos 25 Estados-membros da União, nos três candidatos (Bulgária, Roménia e Turquia) e na Islândia, Liechtenstein e Noruega. Para a agência da União Europeia, com sede em Copenhaga, os grandes eventos ambientais durante o ano de 2003 relacionaram-se com o tempo e o clima. "O Verão quente vitimou cerca de 35 mil vidas, especialmente no sul da Europa, a poluição pelo ozono atingiu níveis especialmente elevados e as correntes dos principais rios níveis baixos, como no Danúbio e no Reno, em contraste com as inundações do Verão anterior", salienta o organismo europeu. Também "os incêndios florestais do Verão de 2003 colheram vidas e custaram cerca de 925 milhões de euros, só em Portugal", estimando-se que, na Europa, cerca de três quartos das perdas económicas (cerca de dez mil milhões de euros anuais) tenham sido causadas por eventos catastróficos resultado do tempo e clima. "Estes números provam que gerir os recursos naturais na Europa é cada vez mais importante para assegurar a viabilidade económica e social da Europa", acrescenta no documento. Por isso, a Agência Europeia do Ambiente (EEA, nas siglas em inglês) quer medidas concretas no que respeita ao sector dos transportes, agricultura e energia, que evitem efectivamente os seus impactos ambientais. Isto para evitar a evolução que se tem verificado até agora: diminuição das aves, recuo dos glaciares, degradação das áreas costeiras e aumento da pressão urbana das cidades, onde se estima que 80 por cento da população portuguesa viva em 2020. Se o uso dos transportes – uma das principais fontes das emissões de gases com efeito de estufa – está a aumentar, a solução passa por ajustar os preços ao seu impacto, nomeadamente no que respeita aos impostos dos combustíveis. Esta questão está ainda ligada à poluição do ar: a EEA calcula que toda a população portuguesa esteve exposta a partículas em 2001, um elemento que pode causar problemas na saúde humana como a asma e doenças cardiovasculares, bem como a grandes concentrações de ozono. No que respeita à agricultura, uma das preocupações é a contaminação das águas, pelo que agência apela à mudança das práticas agrícolas sob uma perspectiva economicista: "Reduzir os nitratos custará entre 50 e 150 euros por ano por hectare, entre cinco a dez vezes menos do que remover os nitratos das águas poluídas", alega. Na área da energia, a agência alerta para a necessidade de investimentos nas energias renováveis para o cumprimento dos compromissos de redução de gases poluentes assumidos no Protocolo de Quioto – que Portugal já ultrapassou.
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