A AEP – Associação Empresarial de Portugal e um grupo de 27 empresas portuguesas estão no Dubai para participar nas edições de 2021 das feiras Gulfood e Gulf Host. Entre os dias 21 e 25 de Fevereiro, as empresas participam no maior certame da região do Médio Oriente e um dos mais importantes a nível mundial para a fileira alimentar e bebidas (Gulfood) e no evento de referência para o sector dos equipamentos de hotelaria e restauração (Gulf Host).
A nível mundial, nos últimos 12 meses, estas são as primeiras feiras (dos sectores alimentar/bebidas e equipamentos hotelaria/restauração) que se realizam presencialmente. A última vez que a AEP organizou a presença de uma comitiva nacional foi há um ano, na edição de 2020 da Gulfood.
Apesar da situação pandémica que se vive à escala global, as entidades organizadoras entenderam ser importante que as duas feiras se realizem de forma presencial, tendo contado com o apoio e o envolvimento dos 85 países participantes.
No caso de Portugal, por forma a permitir a participação da comitiva nacional, a AEP elaborou um conjunto de procedimentos de segurança, que passaram pela aquisição de equipamento de protecção individual (para a deslocação e para o recinto da feira), contratualização de dois tipos de seguros associadas a cada participante e realização dos testes PCR para a entrada e saída do Dubai. Em conjunto com as entidades governamentais, a organização do evento estabeleceu um exigente processo no que respeita a medidas de segurança e higiene para o espaço de exposição.
No primeiro dia, o Pavilhão de Portugal recebeu as visitas institucionais do administrador da AEP, Paulo Vaz, do presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, da administradora da AICEP, Francisca Guedes de Oliveira, do director do Pavilhão de Portugal na Expo Dubai, Manuel Couto Miranda, e do delegado da AICEP, Daniel Pontes.
Durante a visita, o presidente da AICEP felicitou a AEP pela iniciativa, afirmando que «a primeira presença física em feiras no exterior depois do início da pandemia é um sinal positivo e de encorajamento às empresas exportadoras na retoma da sua actividade nos mercados internacionais».
Para o administrador da AEP, Paulo Vaz, «apesar das expectativas serem naturalmente baixas, as empresas estão particularmente satisfeitas com os contactos e com as perspectivas de negócios já realizados, o que antecipa uma normalização rápida dos negócios nos mercados do Golfo».
Há 10 anos consecutivos que a AEP organiza a participação portuguesa na Gulfood e na Gulf Host, tendo já apoiado mais de 250 empresas. A avaliação feita pelas empresas sobre a participação nas anteriores edições é muito positiva, sendo evidenciados factores como a dimensão dos mercados, as oportunidades, a qualidade dos contactos, especialmente no que respeita aos visitantes, importadores e distribuidores, oriundos dos EAU, região do Golfo Arábico, continentes Africano a Asiático.
Empresas participantes Gulf Host 2021 | Empresas participantes Gulfood 2021 |
Fajota | AZCOA – Azeites do Coa |
Frigocon | Cerealis |
Icel | Choconasa |
Joalpe | Cister |
Joper | Globaltribe |
José Júlio Roldão | Carob World Portugal |
Monteiro Electro Fabril | Mendes Gonçalves |
Olitrem | Novarroz |
RST (Fiamma) | Outeirinho |
Sicoeste | Sabores das Quinas |
Somengil | Valente Marques |
Vieira de Castro | |
AMG Foods | |
Nascente Divina – Águas do Alardo | |
Nutsorginal | |
Pasto Alentejano |
Emirados Árabes Unidos:
O valor do sector alimentar nos Emirados Árabes Unidos é superior a 7 mil milhões de dólares anuais, sendo que nos mercados do GCC este número ultrapassa os 60 mil milhões de dólares, aparecendo a Arábia Saudita como um dos principais importadores.
O Dubai tem um importante papel enquanto plataforma logística para outros mercados, reexportando para outros destinos cerca de 70% dos produtos importados, com particular destaque para os restantes países do Golfo, mas também para as antigas Repúblicas Soviéticas, o Irão, subcontinente indiano e países do Leste africano.
Na região do Golfo Arábico, em média, 55% das importações de produtos alimentares destinam-se ao retalho, sendo que o canal HORECA absorve cerca de 25%. É também nesta região que se verifica a maior taxa de crescimento de consumo alimentar per capita do mundo, oferecendo oportunidades extraordinárias às empresas do sector.
Os países do GCC importam atualmente 90% das suas necessidades alimentares. Estima-se que os serviços de Foodservice atinjam os US$24.5b nos próximos anos.
A indústria da hotelaria registou um crescimento de cerca de US$100b nos últimos cinco anos, estimando-se atingir um valor global de US$550b.
Esta região evidencia um significativo crescimento ao nível da indústria do turismo, que tem vindo a ser um dos alicerces do seu desenvolvimento, com mais de 500 hotéis em construção em toda a região.
BOW – Business on the Way
Em 2020, o projecto BOW, desenvolvido pela área Internacional da AEP, promoveu 16 acções de internacionalização, entre feiras, missões empresariais e missões inversas, em 22 mercados, tendo envolvido mais de 120 empresas.
Desde 1990, ano em que deu início, de uma forma sistemática, à realização de acções de internacionalização, a AEP já organizou, individualmente ou através de parcerias com outras entidades, largas centenas de acções em mercados externos.
O projecto BOW – Business on the Way é desenvolvido pela área internacional da AEP, no âmbito do Portugal 2020 e do Compete 2020, Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização, Eixo II – Projectos Conjuntos – Internacionalização.
O artigo foi publicado originalmente em Revista Frutas Legumes e Flores.
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