[Fonte: Sábado]
A euforia Vegan em Portugal assume picos caricatos, em que a defesa da integridade física dos piolhos atinge um novo patamar
Tornou-se viral nas redes sociais durante esta semana uma publicação do grupo do Facebook intitulado “Vegetarianos e Vegans em Portugal”. Nessa publicação, uma Mãe perguntava aos restantes membros do grupo se existiriam alternativas para fazer face a um ataque de piolhos que a sua filha estaria a ter, sem que a integridade física dos piolhos fosse posta em causa, ou seja, e citando a referida publicação, “alternativas para aqueles bicharocos, sem ter que os matar”.
A caricata publicação tornou-se famosa e foi difundida por todas as redes sociais como se de uma nota humorística se tratasse. Mas aí é que reside a verdadeira questão desta publicação. É que a mesma não se tratou de todo de uma cena de humor, mas sim de alguém que acompanha uma ideologia vegan, que condiciona o tratamento da sua filha à salvaguarda da integridade física dos piolhos que a infestam.Se me perguntarem se tenho algo contra a ideologia Vegan, responderei imediatamente que não, de modo nenhum. A ideologia Vegan, como qualquer outra ideologia tem os seus seguidores plenamente adequados às suas escolhas nos Países democráticos e livres, mas são estas publicações que nos alertam e elucidam para a forma de pensar destas ideologias, que quando assumem as suas formas radicais, com imposições das mesmas para com os outros cidadãos, perdem o seu sentido democrático.
São estas mesmas ideologias radicais que nos últimos tempos “invadiram” a Assembleia da República com petições onde pretendem, passo atrás de passo, proibir os restantes cidadãos dos direitos legais que colidem com a sua imagem de que o homem não deve ter quaisquer direitos sobre todos os animais. Os mesmos que “invadem” as redes sociais com impropérios contra caçadores, artistas tauromáquicos, aficionados, agricultores, criadores de gado ou criadores de cães e gatos, muitas vezes desejando a morte dos mesmos ou incitando à violência.
São estes pequenos passos, em que por detrás de um computador, alguém eleva os supostos direitos dos animais a um patamar superior aos direitos dos humanos, que nos dão a informação de que estas publicações são a ponta do iceberg de um radicalismo que de humorístico nada tem, apesar de sermos tentados a assumir estas posições como tal.
Entretanto, e enquanto estas pessoas não se apercebem do exagero e do extremismo das suas ideias desmesuradas, é caso para se dizer….vamos salvar os piolhos!
António Paula Soares
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