A empresa que opera em Portugal os Canadair de combate a incêndios florestais já substituiu os dois aviões pesados que estavam avariados com a chegada hoje da segunda aeronave, avançou à Lusa aquela entidade.
Fonte oficial da Avincis, empresa responsável por estas aeronaves pesadas a operar em Portugal no combate aos incêndios, indicou que o segundo avião Canadair de substituição aterra ao final da manhã de hoje em Castelo Branco.
“Desta forma, fica reposto o dispositivo de aviões pesados de combate a incêndios em Portugal”, sublinha a empresa. O primeiro Canadair de substituição chegou a Portugal na terça-feira.
Segundo a empresa, o avião que chega hoje é um Canadair CL-215 com motor a turbina, idêntico ao que tinha chegado na terça-feira.
“A Avincis continua comprometida com a segurança e a proteção da população portuguesa e das comunidades locais, e continua a apoiar as autoridades no combate aos incêndios em todo o país”, refere ainda.
Estes aviões vão substituir os dois Canadair afetos ao Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR) que estão fora de serviço, estando também inoperacional um terceiro de substituição para atuar em caso de eventuais avarias.
Na sequência destas avarias, Portugal acionou o mecanismo de cooperação bilateral com Marrocos, que enviou dois aviões Canadair de substituição, que passaram a integrar o DECIR até ao final desta semana e estão a operar a partir da Base Aérea de Monte Real.
Um dos Canadair está avariado desde 31 de julho, quando sofreu danos estruturais durante uma operação de carga de água no Rio Douro, e outro avião, segundo fontes aeronáuticas, tem problemas num dos motores.
Na segunda-feira, a porta-voz da Força Aérea Portuguesa (FAP), que tem a cargo o processo de contratação dos meios aéreos de combate a incêndios florestais, disse à Lusa que a empresa responsável pelo aluguer e operação dos aviões tem de repor os Canadair fora de serviço e é sujeita a penalizações quando não cumpre os contratos.
Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio desde 02 de agosto e nas últimas semanas têm deflagrado vários incêndios no norte e centro do país que já consumiram mais de metade dos cerca de 75 mil hectares de área ardida este ano.