Sem Resultado
Ver Todos Os Resultados
Newsletters
Agroportal
  • Login
  • Registar
  • Sugeridas
  • Notícias
    • Notícias
    • Nacional
    • Internacional
    • Comunicados
    cavalos em pasto verde

    Para prevenir incêndios. GNR realiza patrulhas a cavalo

    fogo chamas

    Incêndios. Que desafios enfrenta a agricultura?

    Incêndios: Morreu esta madrugada homem ferido no fogo do Sabugal

    forest fire

    Incêndios vieram para ficar. Em certos casos, deixar arder também é uma forma de gestão

    Reforma agrária era velho mito da vida política – Barreto

    “Tive 200 processos em tribunal” devido à lei de 1977 – António Barreto

    Portugal tem muita agricultura forçada e circunstâncias de trabalho detestáveis – Ex-ministro

    Incêndios: Risco de grandes incêndios diminui com unidades locais de proteção civil

    Governo embrulha plano de António Costa em novo “pacto” para a floresta

  • Opinião

    Agricultura à Deriva: Porque Insistem em Governar o Campo Desde o Gabinete?

    filipe charters de azevedo

    Para onde vai o dinheiro da PAC?

    Trazer a agricultura para os Paços do Concelho

    Dalila Vieira

    Algas à Mesa: O Futuro Sustentável da Alimentação?

    luis caixinhas

    As marcas das feiras: registar para proteger

    O Futuro da Agricultura: Um Desafio Geracional e uma Oportunidade para Portugal

    O coelho-bravo e o LIFE Iberconejo: um modelo de conservação e colaboração que não pode parar

    José Martino

    Cegos e anestesiados!

    Filipe Corrêa Figueira

    Alqueva está em Seca

  • Eventos
  • Dossiers

    Dossiers I

    • Agricultura Biológica
    • Apoios
    • Artigos Técnicos
    • Biossoluções
    • Cadeia Alimentar
    • Fertilizantes
    • Financiamento
    • Fitofarmacêuticos

    Dossiers II

    • Florestas
    • Futuro da PAC
    • Inovação
    • Mercados
    • Newsletters e Revistas
    • Recomendações Agroflorestais
    • Seguros

    Últimas

    Primeros precios de almendra en Albacete y de pistachos en Toledo

    23/08/2025

    Aceite: firmeza en los precios en origen

    23/08/2025

    Informação, há, quem lhe dê uso é que é mais difícil – Henrique Pereira dos Santos

    23/08/2025

    Governo embrulha plano de António Costa em novo “pacto” para a floresta

    23/08/2025

    Ainda outras opções de gestão – Henrique Pereira dos Santos

    23/08/2025

    Incêndios: Medidas anunciadas são insuficientes mas é importante “garantir que as insuficiências se concretizam” – Paulo Raimundo

    22/08/2025
  • Serviços
    • Diretório
    • Emprego
    • Máquinas Agrícolas
    • Meteorologia
    • Terrenos Agrícolas
    • Arquivo Agroportal
Agroportal
  • Sugeridas
  • Notícias
    • Notícias
    • Nacional
    • Internacional
    • Comunicados
    cavalos em pasto verde

    Para prevenir incêndios. GNR realiza patrulhas a cavalo

    fogo chamas

    Incêndios. Que desafios enfrenta a agricultura?

    Incêndios: Morreu esta madrugada homem ferido no fogo do Sabugal

    forest fire

    Incêndios vieram para ficar. Em certos casos, deixar arder também é uma forma de gestão

    Reforma agrária era velho mito da vida política – Barreto

    “Tive 200 processos em tribunal” devido à lei de 1977 – António Barreto

    Portugal tem muita agricultura forçada e circunstâncias de trabalho detestáveis – Ex-ministro

    Incêndios: Risco de grandes incêndios diminui com unidades locais de proteção civil

    Governo embrulha plano de António Costa em novo “pacto” para a floresta

  • Opinião

    Agricultura à Deriva: Porque Insistem em Governar o Campo Desde o Gabinete?

    filipe charters de azevedo

    Para onde vai o dinheiro da PAC?

    Trazer a agricultura para os Paços do Concelho

    Dalila Vieira

    Algas à Mesa: O Futuro Sustentável da Alimentação?

    luis caixinhas

    As marcas das feiras: registar para proteger

    O Futuro da Agricultura: Um Desafio Geracional e uma Oportunidade para Portugal

    O coelho-bravo e o LIFE Iberconejo: um modelo de conservação e colaboração que não pode parar

    José Martino

    Cegos e anestesiados!

    Filipe Corrêa Figueira

    Alqueva está em Seca

  • Eventos
  • Dossiers

    Dossiers I

    • Agricultura Biológica
    • Apoios
    • Artigos Técnicos
    • Biossoluções
    • Cadeia Alimentar
    • Fertilizantes
    • Financiamento
    • Fitofarmacêuticos

    Dossiers II

    • Florestas
    • Futuro da PAC
    • Inovação
    • Mercados
    • Newsletters e Revistas
    • Recomendações Agroflorestais
    • Seguros

    Últimas

    Primeros precios de almendra en Albacete y de pistachos en Toledo

    23/08/2025

    Aceite: firmeza en los precios en origen

    23/08/2025

    Informação, há, quem lhe dê uso é que é mais difícil – Henrique Pereira dos Santos

    23/08/2025

    Governo embrulha plano de António Costa em novo “pacto” para a floresta

    23/08/2025

    Ainda outras opções de gestão – Henrique Pereira dos Santos

    23/08/2025

    Incêndios: Medidas anunciadas são insuficientes mas é importante “garantir que as insuficiências se concretizam” – Paulo Raimundo

    22/08/2025
  • Serviços
    • Diretório
    • Emprego
    • Máquinas Agrícolas
    • Meteorologia
    • Terrenos Agrícolas
    • Arquivo Agroportal
Sem Resultado
Ver Todos Os Resultados
Agroportal

15 de outubro de 2017. “Nunca vou esquecer aquele dia e sonho constantemente com o fogo”

por Rádio Renascença
14-10-2019 | 12:41
em Nacional, Últimas
Tempo De Leitura: 13 mins
A A
Partilhe no FacebookPartilhe no TwitterEnviar para o WhatsappEnviar para o TelegramEnviar para o LinkedIn

O pagamento de indemnizações aos feridos graves deverá elevar-se a 11 milhões de euros, assume a Provedoria de Justiça. O organismo admite ter recebido 187 pedidos de indemnização, tendo-os remetido para o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses que, até à data, qualificou de “feridos graves” 74 pessoas, nos incêndios de junho e outubro de 2017.

Dois anos depois dos incêndios de outubro, estes feridos graves vivem com a dor. E a dor da alma, essa, dizem que nunca vai passar.

Os feridos considerados graves dos incêndios de outubro receberam parte das indemnizações, mas têm pela frente um rol elevado de despesas, entre cremes e luvas especiais.

Estiveram internados longos meses, alguns tiveram alta há poucos meses, outros ainda continuam em tratamentos.

Em Oliveira do Hospital, Santa Comba Dão e Vouzela, a Renascença encontrou feridos graves com vontade de contar a história do passado e do presente, para que não se repita no futuro.

Antonino dos Santos, 75 anos, ainda faz tratamentos com parafina

Segundo o relatório da comissão independente de Avaliação dos Incêndios ocorridos entre 14 e 16 de outubro de 2017, relativamente aos feridos, o INEM prestou socorro a 67 feridos, que necessitaram de transporte para o hospital, dos quais 16 graves.

A maior parte foi encaminhada para o Hospital da Universidade de Coimbra (14) e para o Hospital de Santo António, em Viseu (16). Antonino dos Santos foi um desses 16 feridos graves e decide contar-nos a história destes dois anos de uma vida virada do avesso.

O Sr. Antonino tinha um rebanho. “Morreram todas, já não tenho ovelhas. Para que as quero se não posso andar atrás delas? Fiquei sem nada e fiquei sem a mulher”, vítima, entretanto das consequências de um AVC, conta à Renascença.

São as marcas dos incêndios do dia 15 de outubro de 2017, que fazem Antonino dos Santos, 75 anos, de Travanca de Lagos, deslocar-se todas as semanas para receber tratamentos de fisioterapia no Hospital Fundação Aurélio Amaro Diniz em Oliveira Hospital.

Esteve nove meses internado no Hospital de Coimbra e continua em tratamentos com parafina.

“A parafina vai hidratar a pele, que vai permitir uma mobilização da mão, menos dolorosa”, explica a fisioterapeuta Ana Martins, recordando o tempo em que o pastor esteve internado no Hospital de Coimbra: “perdeu a noção do espaço, do tempo, esteve mal, mas mal”.

“O sistema linfático fica alterado, fazemos massagens de pressão para não desenvolver edemas”, explica ainda a fisioterapeuta, uma das primeiras profissionais de saúde a receber os queimados no dia 15 de outubro de 2017.

Não dormiu nessa noite, porque a unidade de fisioterapia era a única que tinha luz.

“Nunca hei-de esquecer aquele pai que traz a filha pequena nos braços, dizendo que tinha perdido a família. Foi um cenário muito mau, não estávamos preparados e ainda estamos a tentar dar a volta por cima, embora as marcas fiquem”, desabafa, comovida.

Na unidade de fisioterapia Hospital Fundação Aurélio Amaro Diniz em Oliveira Hospital, Antonino não é o único ferido grave dos incêndios de outubro de 2017 que continua a receber tratamento.

“Limpavam hoje e amanhã ficava tudo em ferida”

Carlos da Conceição, 69 anos, reformado da construção civil, reside em Avô e foi ali, no dia do incêndio, que, ao tentar ir buscar um trator à sua quinta, acabou por ser apanhado pelas chamas. Esteve em coma e internado no Hospital de São José, em Lisboa, durante sete meses.

“A pele das pernas foi retirada para os braços e assim as pernas também ficaram lesionadas. Ficava tudo em ferida. Limpavam hoje, amanhã estava em ferida, usavam um desinfetante e ia para o chuveiro e mal aguentava as dores, pareciam agulhas”, descreve sobre o processo de cicatrização.

Carlos fez exames no Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, em Coimbra, e já recebeu parte da indemnização do Governo (cerca de 40 mil euros), depois de ter feito o pedido na Provedoria da Justiça. Mas continua à espera de ser ressarcido das despesas de saúde.

“Os cremes que são caríssimos – gasto à volta de 100€ por mês em cremes – comprei dois pares de luvas ainda em Lisboa, 375€ cada uma, estragaram-se mandei fazer em Coimbra, mais umas luvas por 500 euros; as collants entre 60 a 75€… Dizem-me que vou receber, mas e se eu não tivesse dinheiro para avançar?”, questiona Carlos, que já consegue fechar as mãos graças à ajuda da fisioterapeuta Ana Martins, do Hospital Fundação Aurélio Amaro Diniz, em Oliveira do Hospital.

“Há casos mais graves que outros, o importante é poder alimentar-se, poder fazer apreensão”, considera, sem deixar de observar que Carlos tem um problema na mão que vai necessitar de intervenção cirúrgica.

“Os nossos queimados, estes graves, ainda não tiveram alta, ainda é muito cedo”, garante a profissional.

Passados dois anos dos incêndios, o ferido Carlos e a fisioterapeuta Ana falam quase em coro, sobre o que temem que possa vir acontecer novamente. “Não temos acessos aos hospitais distritais, vários concelhos sem autoestradas ou acessos rápidos”, denota Ana, que sabe que no dia 15 de outubro de 2017, a par de terem ficado sem comunicações, as vias de acesso não permitiam um socorro rápido.

Carlos acusa a falta de limpeza nas florestas. “Temos o IC6 com os eucaliptos plantados à beira da estrada, que é uma vergonha num país que ainda há pouco tempo teve dois incêndios”.

“Acho que as memórias não se devem esquecer assim tão rápido, é um país de doidos, uma vergonha para os nossos políticos, aquela estrada estar como está e na Nacional 17 é o mesmo”, alerta Carlos da Conceição.

Ainda há pedidos de indemnização em avaliação

Nos cálculos da Provedoria de Justiça, as indemnizações a serem pagas pelo Estado a estes 74 feridos graves – junho e outubro (incluindo os cerca de dois milhões de euros propostos, a título de pagamento intercalar, em agosto de 2018) deverão elevar-se a cerca de 11 milhões de euros.

Fonte oficial da Provedoria de Justiça explica que, à semelhança das vítimas mortais, os critérios para determinar quem pode ser considerado ferido grave foram previamente definidos por um conselho de três peritos.

É ferido grave quem comprovadamente cumpra pelo menos uma das seguintes cinco circunstâncias:

  • Internamento hospitalar com dano permanente que se revista de relevância funcional ou estética;
  • Internamento hospitalar por um período não inferior a 30 dias ou com verificação de perigo de vida, designadamente em estado de coma ou com necessidade de ventilação assistida;
  • Internamento hospitalar com lesão que, de acordo com os critérios médico-legais, provoque dor em grau considerável (no mínimo grau 5 em 7);
  • Danos psiquiátricos permanentes com repercussão considerável na autonomia pessoal, social ou profissional da vítima;
  • Perda ou diminuição permanentes da utilização de qualquer dos sentidos ou funções com interferência significativa na perceção da realidade envolvente ou na vida de relação.

Na sequência dos incêndios de 2017 e do processo indemnizatório desencadeado no fim do primeiro trimestre de 2018, a Provedoria de Justiça admitiu 187 pedidos de indemnização, tendo-os remetido para o INMLCF – Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses que, até à data, qualificou de “feridos graves” 74 pessoas.

“Alguns casos, muito poucos”, sublinha fonte oficial da Provedoria de Justiça, ainda estão em análise no INMLCF. A mesma fonte destaca que, “após uma primeira apreciação, será sempre necessário que o requerente se submeta a exame pericial, para avaliação do dano corporal, o qual será realizado pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses. O relatório desse exame permitirá, depois, a fixação da indemnização devida em cada caso”.

“Até hoje não me deram nada”

Fernando Correia, 45 anos, de Sobreira de Ventosa, concelho de Vouzela, ficou com a casa destruída pelo fogo e, no corpo, as marcas ainda são visíveis.

O primo garante que Fernando “foi dado como morto” quando ligou para o hospital a saber notícias suas. Esteve um mês internado no Hospital de Santa Maria em Lisboa. Até hoje reivindica uma indemnização.

“Estiveram a medir-me os ferimentos, em Coimbra, mas até hoje não me deram nada. Tive queimaduras de primeiro e segundo grau. Na altura, na Câmara, disseram-me que teria direito, preenchi os papeis, mas não recebi nada; desde que fui fazer os exames nunca mais tive resposta”, refere.

Os danos psicológicos são duros de enfrentar: “acho que nunca vou esquecer aquele dia e sonho constantemente com o fogo”.

Contactada a Provedoria de Justiça sobre este caso, fonte oficial informa que “não pode ser dada informação particular, sob pena de ser violado o direito à privacidade e que o processo pode também ter sido conduzido pelo CPAPI (Ministério Justiça)”.

Aliás, a mesma fonte sublinha que, “quando o parecer que o INML – Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências transmite é negativo, significa que os danos relatados não permitem qualificar a situação como ferimento grave à luz dos critérios definidos pelo conselho de três peritos nomeado pelo Governo, pelo que não será possível indemnizar estes feridos pelo mecanismo de indemnização coordenado pela Provedora de Justiça”.

No entanto, a fonte oficial da Provedoria de Justiça realça que “isso não significa que os danos indicados sejam irrelevantes ou menos dignos de compensação. Para esses, o Governo estabeleceu um outro mecanismo extrajudicial, igualmente gratuito, centrado na Comissão de Avaliação dos Pedidos de Indemnização CPAPI (Ministério Justiça), a funcionar junto da Secretaria Geral do Ministério da Justiça”.

“A vida levou um tombo e nunca mais volta a ser o que era”

Em Santa Comba Dão, Paulo Ferreira, de 49 anos, tem “85% de incapacidade para trabalhar”, disseram-lhe na junta médica.

Esteve 21 meses internado, teve alta no dia 12 de julho. Passou pelo Hospital da Prelada, no Porto, pelo de S. Teotónio, em Viseu, e mais recentemente pela Unidade de Cuidados Continuados de Tábua.

Vive com o apoio da mulher, Manuela Veloso, de 51 anos. “Ninguém se consegue colocar no lugar dele, não é fácil para ninguém. Na saúde e na doença é assim”, recorda Manuela sobre o juramento de casamento feito há 25 anos.

Paulo vem medicado do Hospital da Prelada com 15 comprimidos por dia, entre vitaminas e antidepressivos.

​Um mês depois do fogo. "Perdemos tudo e ainda acham que não estamos a falar a verdade"

A mulher, Manuela recebe apoio psicológico em Tondela e ainda hoje toma medicação. Não consegue esquecer.

“Foi horrível quando o vi. Estava todo pretinho, parecia um animal que tinha sido abatido e estonado”, diz sem conter as lágrimas. Paulo lamenta que não possa trabalhar mais. Era motorista de camiões pesados e o médico disse-lhe que não podia regressar ao trabalho.

“Ainda não recebemos nada da Segurança Social. Pedimos a pensão de invalidez em abril e até agora nada”, lamenta Manuela, assistente auxiliar de uma escola.

“Eu ainda não fui trabalhar, porque não me sinto bem e não sei se isto algum dia passará”, assume Manuela, que ainda tem um rebanho de meia centena de cabeças de gado para tomar conta.

“Temos a arma à porta, para não vir a guerra”

Paulo andou a pé quatro horas à volta de casa, em Nagosela, perdido nas chamas a tentar salvar o que era seu. Perdeu parte da visão, mal consegue caminhar. “Não vejo as imagens nítidas. Nem ao longe. O nervo ótico ficou afetado. Não me posso mexer”, refere, mostrando a bengala que o ajuda em deslocações de dois ou três passos.

“Lembrar-me do que fazia e agora o que faço, só dá tristeza”, confessa, interrompido pela mulher, Manuela. “Ele estar vivo foi um autêntico milagre, ele agora não se calça nem se veste sozinho e não imagina o martírio que é: quase não lhe posso tocar. Uma sensibilidade extrema, cheio de formigueiro, começa-me a gritar”, descreve.

Receberam a indemnização do Estado, mas não há dinheiro que devolva a vida de Paulo e Manuela, antes dos incêndios.

“Preferia não ter recebido nada, mas termos saúde e com o pouco que tínhamos continuarmos a lutar. A vida levou um tombo e nunca mais volta a ser o que era, não me conformo. Um barracão arde, fazem um barracão novo. Arde uma casa, fica uma casa nova, agora ele ficou como está”, olha para o marido, que caminhava e via bem antes do fatídico dia 15 de outubro de 2017.

Com a indemnização do Estado, e como sente que o Estado não lhe valeu na altura dos incêndios, Paulo usou parte do dinheiro que recebeu para comprar uma cisterna, estacionada à porta de casa, para ele próprio ser bombeiro se alguém precisar.

“Ele fez isto como se estivesse bom”, observa Manuela, enquanto o marido continua a explicação, agora com alguma alegria na voz. “Isto é quase como um carro de bombeiros: a cisterna está preparada para acudir a alguém que precise de ajuda”.

“Se eu tivesse isto naquela altura não tinha ficado assim. Temos a arma à porta, para não vir a guerra. Com as armas já não vem a guerra” – assim deseja Paulo Ferreira, com 50% do corpo queimado.

Os incêndios de outubro de 2017 causaram a morte a 50 pessoas, fizeram 70 feridos, quase duas dezenas deles graves e destruíram total ou parcialmente cerca de milhar e meio de casas e mais de 500 empresas.

Imprimir Artigo
Publicação Anterior

Como rentabilizar a floresta? – José Borges

Próxima Publicação

Universidade do Minho estuda biodiversidade nas vinhas de Melgaço

Artigos Relacionados

Últimas

Informação, há, quem lhe dê uso é que é mais difícil – Henrique Pereira dos Santos

23/08/2025
Últimas

Lavrar, pastar, queimar e ajudar

23/08/2025
cavalos em pasto verde
Nacional

Para prevenir incêndios. GNR realiza patrulhas a cavalo

23/08/2025
Próxima Publicação

Universidade do Minho estuda biodiversidade nas vinhas de Melgaço

Discussão sobre este post

Opinião

Últimas

Agricultura à Deriva: Porque Insistem em Governar o Campo Desde o Gabinete?

por António Bonito
17/08/2025

Ler mais
filipe charters de azevedo
Últimas

Para onde vai o dinheiro da PAC?

por Filipe Charters de Azevedo
10/08/2025

Ler mais

Subscrever as nossas newsletteres

Subscrever as nossas Newsletters Agroportal

Verifique na sua caixa de correio ou na pasta de spam para confirmar a sua subscrição.

Comunicados

IPMA

Investigadoras do IPMA homenageadas

22/08/2025

Arderam milhares de hectares de áreas de baldios no distrito de Coimbra

22/08/2025

Temas em destaque

Candidaturas PU PAC pós 2027 Água que Une
Advertisement

Eventos

Agosto 2025
STQQSSD
     1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30 31
« Jul   Set »

Sobre Nós

O Agroportal.pt é uma plataforma de informação digital que reúne a informação relevante sobre agricultura. Tem um foco na Política Agrícola Comum e a sua aplicação em Portugal.

Menu

  • Quem somos
  • Relatórios anuais
  • Envie-nos informação
  • Publicidade
  • Newsletters
  • Estatuto Editorial
  • Ficha técnica
  • Proteção de Dados Pessoais
  • Disclaimer
Facebook twitter Circle Instagram Rss Feed

© Agroportal. All Rights reserved.

  • Login
  • Registar
Sem Resultado
Ver Todos Os Resultados
  • Sugeridas
  • Notícias
    • Nacional
    • Internacional
    • Comunicados
  • Opinião
  • Eventos
  • Dossiers
    • Agricultura Biológica
    • Apoios
    • Artigos Técnicos
    • Biossoluções
    • Cadeia Alimentar
    • Fertilizantes
    • Financiamento
    • Fitofarmacêuticos
    • Florestas
    • Futuro da PAC
    • Inovação
    • Mercados e Cotações agrícolas
    • Newsletters e Revistas
    • Recomendações Agroflorestais
    • Seguros agrícolas
  • Serviços
    • Diretório
    • Emprego
    • Máquinas Agrícolas
    • Meteorologia
    • Terrenos Agrícolas
    • Arquivo Agroportal

© Agroportal. All Rights reserved.

Bem-Vindo De Volta!

Faça login na sua conta abaixo

Esqueceu-se da senha? Registar

Criar Uma Nova Conta!

Preencha os campos abaixo para se registar

* Ao se registar-se no nosso site, você concorda com os Termos e Condições e a Política de Privacidade .
Todos os campos são necessários. Entrar

Obter a sua senha

Indique por favor o seu nome de utilizador ou endereço de E-mail para repor a sua senha.

Entrar
Este site usa cookies. Ao continuar a utilizar este site, está a dar consentimento à utilização de cookies. Visite a nossa Política de Protecção de dados e Cookies.