A época das vindimas no grupo Aveleda arrancou em Agosto na região do Algarve. À excepção da região do Douro, em que as expectativas para este ano são de queda na produção, todas as outras regiões onde a Aveleda tem propriedade – Algarve, Vinho Verde e Bairrada – têm boas perspectivas de aumento de produção.
“Do ponto de vista qualitativo, embora ainda seja cedo para tomar conclusões, pois estamos perante uma vindima muito atípica”, a Aveleda “está confiante que irá produzir vinhos de grande qualidade”.
Decréscimo na produção no Douro
Em termos de produção, a região do Douro, onde a Aveleda possui a Quinta Vale D. Maria, deverá ter um decréscimo na produção devido às condições meteorológicas. De acordo com o Instituto do Vinho e da Vinha, a variabilidade meteorológica verificada durante o Verão, com o calor excessivo ocorrido no mês de Julho e, mais recentemente, em Setembro, provocou escaldão em muitas uvas, com consequente perda de produção. No entanto, tudo aponta para uma qualidade superior nos Vinhos do Porto, e os vinhos brancos e tintos, embora em menor quantidade, têm mostos extremamente frutados e intensos.
Viticultura de precisão
Já no Algarve, região onde a Aveleda arrancou com as vindimas, prevê-se uma melhoria das produções, com a colheita de 2020 a expressar muito bem a tipicidade e pureza das castas plantadas nesta propriedade. Na Bairrada, a produção está equiparada aos anos anteriores, devido ao facto da Aveleda recorrer à viticultura de precisão, que permite a produção de cerca de 1,5kg por videira.
Na região dos Vinhos Verdes, berço da empresa, as perspectivas de vindima são positivas. As amplitudes térmicas no final da maturação foram elevadas, concedendo uma excelente componente aromática e concentração às castas Loureiro e Alvarinho.
Embora 2020 tenha sido um ano atípico, as expectativas de vendas no mercado nacional e internacional seguem uma tendência de crescimento. “O aumento de vendas da empresa, assim como de toda a região dos Vinhos Verdes, vem demonstrar o enorme dinamismo da Região dos Vinhos Verdes. Neste cenário de crescimento consistente de vendas é crucial que a região continue a investir na viticultura como eixo de melhoria e diferenciação dos seus produtos, nunca esquecendo a sustentabilidade da fileira. Neste sentido é urgente que a CVRVV, na figura do seu Conselho Geral, continue a apoiar os viticultores da região com medidas que permitam a estes melhorar os seus rendimentos e, assim, investirem no futuro”, refere António Guedes, co-CEO da Aveleda.
O artigo foi publicado originalmente em Agricultura e Mar.