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– 05-07-2010 |
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Associa��o Nacional de Empresas Florestais, Agr�colas e do Ambiente Nota de ImprensaUma Floresta que vale milhões!Apesar da �poca cr�tica de inc�ndios florestais que se aproxima, � certo que cada vez mais a floresta ganha uma import�ncia singular, muito para além dos fogos. O sector florestal portugu�s � sem d�vida uma fonte de grande riqueza e investimento sem igual. Com uma ocupa��o de mais de 38% do territ�rio nacional a floresta deve ser reconhecida do seu ponto de vista ambiental, econ�mico e social, pela sua contribui��o para a promo��o da biodiversidade, combate � erosão, no seu papel como sumidouro de carbono, mas sobretudo no peso que desempenha para a economia do país. A floresta portuguesa representa assim cerca de 3,2% do PIB, 12% das exporta��es nacionais, 250 mil trabalhadores e 400 mil propriet�rios florestais, resultando num sector competitivo, gerador de empregos com expressão relevante ao nível. nacional e local. A par da provada e reconhecida import�ncia, surge inexplicavelmente uma falta de interesse e despromo��o da floresta. Em vez do incentivo ao patrim�nio verde que ainda temos, continuamos a assistir � criação de estruturas de planeamento, programas, planos de ac��o e demais instrumentos de pol�tica que na pr�tica não funcionam, servindo apenas para burocratizar e deixar completamente disfuncional um sector que se quer operacional, �gil e produtivo. Em vez de se tornar imperativa a criação de valor e o incito ao investimento, apregoa-se a Certifica��o Florestal como a salva��o do sector e a promo��o da Industria com a valoriza��o efectiva de mercado, o que não � ainda uma realidade concreta. Neste ambito, esperava-se que fossem �gratificados� os fornecedores que investiram em sistemas de certifica��o, nomeadamente de gestáo florestal, o que não se verifica na totalidade, acabando por descredibilizar for�osamente todo o sector, remetendo para o supôrfluo o esfor�o e empenhamento dispendido na obten��o de uma certifica��o por parte das empresas que querem desenvolver o seu trabalho com base em processos produtivos e sustent�veis. E perguntamos n�s quem paga esta sustentabilidade paliativa? Paga o Estado, e pagamos todos n�s, contribuintes. Adicionemos a este ponto a importa��o de madeira, mais um descr�dito � floresta nacional que teima em prevalecer ao investimento e valoriza��o de um sector repleto de implica��es sociais, ambientais e econ�micas. Fica prejudicado o propriet�rio, o prestador de serviços e o pr�prio Estado, mas acima de tudo, perde a floresta nacional, que uma vez mais se v� a desperdi�ar competitividade e potencial. Deixemo-nos de ser �pequeninos� e de pensar que a imputa��o do que corre mal � sempre de terceiros. A conjuntura actual e a crise econ�mica a que se assistiu nos �ltimos anos, não pode mais servir de �desculpa� para continuar a marginalizar a floresta nacional. A sustentabilidade deste bem comum depende de todos, Produtores, Empresas, Estado e Ind�stria. Se h� os instrumentos e a vontade por parte dos produtores, porque se perdem oportunidades e ajudas por direito, apenas por burocracia excessiva que continua a impedir a criação de valor? Se os prestadores de serviços querem trabalhar com dignidade e apostando na moderniza��o e capacita��o das suas empresas, porque nunca se conseguiu implementar um quadro de refer�ncia pelo qual estejam definidas e reconhecidas formalmente, as suas compet�ncias e responsabilidades? Se o Governo actual declama o seu compromisso com o sector prim�rio, porque continua a renegar o envolvimento de todos os agentes? Se a Industria afirma a sua capacidade de investimento com novas unidades fabris, porque não valoriza mais a matéria-prima nacional, como impulso � reflorestação e � sustentabilidade da nossa floresta? Se � um esfor�o conjunto, parece-nos despropositado e desencorajador que se continue a preferir importar madeira, do que a investir na floresta em Portugal. Mas a verdade � que tem sido essa a pol�tica dos �ltimos tempos. Se até 2009, se justificava o constate pre�o baixo, por tonelada de madeira, pela reduzida valoriza��o do pre�o da pasta (cerca de 350/ 450 euros a tonelada), hoje esses argumentos não são aceites, pois temos assistido a um crescente evoluir desse sector (actualmente acima dos 700 euros por tonelada de pasta), margem mais do que suficiente para a valoriza��o da matéria-prima nacional. No entanto, e contrariando o espect�vel, o valor pago pela madeira continua em baixa, deixando sem capacidade de negocia��o o empreiteiro florestal e o produtor. Como se pode pedir mais aos agentes do sector, se não se consegue fazer valer objectivos em comum? Se � no limite, a floresta um bem essencial para a actividade destas grandes massas, promova-se ent�o esse bem. Pague-se um pre�o justo e competitivo � madeira, que incuta nos produtores e prestadores de serviços o empenho em produzir mais e melhor. Incentive-se a florestação, imprimindo as mais-valias do Mundo Rural, com a criação de novos postos de trabalho, e a sua relev�ncia na mitiga��o das altera��es clim�ticas. Lisboa, 5 de Julho de 2010
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