A Revista de Vinhos sabe que Francisco Toscano Rico, que nos últimos anos foi presidente da Comissão Vitivinícola da Região (CVR) de Lisboa, está de regresso ao Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), desta vez para o liderar. Agrónomo formado pelo Instituto Superior de Agronomia de Lisboa, com ligações familiares à produção de vinho, começou por trabalhar no IVV tendo, posteriormente, exercido funções diversas no Ministério da Agricultura ligadas a apoios comunitários, à viticultura, aos laticínios, à segurança e higiene alimentar. Em 2011 assessorou, em temas da viticultura e do vinho, o então Secretário de Estado Adjunto e da Agricultura do Governo de Pedro Passos Coelho, José Diogo Albuquerque. No final de 2014 tornar-se-ia vice-presidente do IVV, no consulado de Frederico Falcão (atual presidente da ViniPortugal) e, desde o início de 2019, comandava a CVR Lisboa sucedendo, curiosamente, a Bernardo Gouvêa, quem volta a substituir agora no IVV.
Bernardo Gouvêa está à frente do IVV desde dezembro de 2018. Realizou um primeiro mandato de cinco anos estando em vigência, desde dezembro de 2023, um segundo mandato. Porém, desde finais de janeiro deste ano, tal como a Revista de Vinhos noticiou, recebera indicações de afastamento pela tutela, uma situação que não conheceu outros desenvolvimentos – entrecortada por eleições legislativas antecipadas – e que se protelou por oito meses.
Licenciado em Estudos Portugueses pela Universidade Nova de Lisboa, diplomado em Marketing pelo IADE e em Administração Pública pelo Instituto Nacional de Administração, Bernardo Gouvêa tem ligações ao setor do vinho desde meados dos anos 90. Começou no Esporão seguindo-se a JP Vinhos (Bacalhôa Vinhos de Portugal), Viborel, Companhia das Quintas, Quinta de Pancas, Quinta do Cardo, Herdade da Farizoa, Quinta da Romeira, Quinta da Cova da Barca, Portuvinus e Cooperativa do Redondo. Em junho de 2018 foi eleito presidente da Comissão Vitivinícola Regional dos Vinhos de Lisboa, cargo que manteve até novembro de 2018, quando foi chamado para o IVV, tendo na altura sucedido a Frederico Falcão. Entre outros, os mandatos ficam marcados pela implementação de planos de controlo de produção e certificação das Denominações de Origem e das Indicações Geográficas, a par de melhorias tecnológicas que permitem um fluxo mais eficiente de informação entre o IVV (orgão tutelado pelo Ministério da Agricultura e Pescas, que possui um quadro de 60 funcionários).
Na nova Comissão Diretiva do IVV, para além de Francisco Toscano Rico estará, na vice-presidência, Filipa Melo Vasconcelos, com experiência profissional na ASAE. Já quanto à futura presidência da Comissão Vitivinícola da Região (CVR) de Lisboa existe a expetativa de identificar um nome até ao final do ano.
O arti tog foi publicado originalmente em Revista de Vinhos.