A receita com as exportações moçambicanas de tabaco aumentaram 41% em 2024, face ao ano anterior, para mais de 187 milhões de euros, segundo dados do banco central.
De acordo com um relatório sobre a balança de pagamentos, do Banco de Moçambique, a exportação de tabaco moçambicano, uma das principais culturas nacionais, ascendeu a 150,6 milhões de dólares (129,8 milhões de euros) em 2022 e a 154,2 milhões de dólares (133 milhões de euros) em 2023.
Em 2024 subiu para 217,2 milhões de dólares (187,2 milhões de euros), o valor mais alto em pelo menos cinco anos, segundo o histórico do banco central moçambicano.
Este crescimento é justificado no relatório com o “incremento do volume de vendas em 63%, num contexto de estabilidade de preços”.
No ano agrícola de 2022-2023, Moçambique contava com uma área de cultivo de tabaco de 76.850 hectares, tendo produzido 65.856 toneladas de tabaco, uma queda de 15% face ao período homólogo anterior.
Para a campanha de 2023-2024, o Governo previa anteriormente uma área de 129.321 hectares e uma produção de 81.223 toneladas.
Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em 2023, referia que Moçambique contava com a oitava maior área de cultivo de tabaco do mundo. Com uma área disponível e cultivada com tabaco estimada pela OMS em 91.469 hectares, Moçambique era então o terceiro produtor na região africana, a seguir ao Zimbabué (112.770 hectares) e ao Maláui (100.962).
O Brasil, com a terceira maior área de cultivo, de 357.230 hectares, e Moçambique são as únicas nações da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) referenciados no relatório da OMS.
O documento identificava os 50 países com maior área de cultivo desta planta, outrora classificada como medicinal e atualmente alvo de críticas e medidas políticas contra o uso massificado.