A Polícia Judiciária (PJ) arrancou esta quinta-feira com várias buscas em cerca de 20 locais do país, numa operação que tem por bases suspeitas relacionadas com a obtenção de fundos comunitários. Até ao momento já foram constituídos vários arguidos, sendo um deles um empresário de Leiria que recebeu o maior número de subsídios comunitários, de acordo com o Correio da Manhã.
Trata-se de uma megaoperação de combate à fraude na obtenção de fundos comunitários, na sequência de uma outra que decorreu em maio de 2017, diz o CM, e que na altura resultou em dois detidos e na apreensão de viaturas de luxo.
As buscas aconteceram em 19 locais de norte a sul do país, nomeadamente nos distritos do Porto, Leiria, Lisboa e Faro, avança o Diário de Notícias. Adelino Mendes, chefe de gabinete do Secretário de Estado da Proteção Civil, também foi alvo de buscas. Apesar de ainda não haver qualquer registo de detenções, já foram constituídos vários arguidos, entre os quais um dos empresários de Leiria que mais subsídios comunitários recebeu.
De acordo com a TSF, em causa estarão fraudes na obtenção destes subsídios, falsificação e branqueamento de fundo europeus por parte de vários empresários e empresas, que terão usado estes subsídios — como o Portugal 2020 — para lucrar indevidamente. Estes fundos da União Europeia (UE) deveriam ter sido usados para criar empregos em diversas áreas, mas terão sido desviados para automóveis de luxo e casas.
A TSF e o DN avançam com a constituição de 15 arguidos, num processo que decorre há dois anos e que envolveu 100 inspetores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, acompanhados por três magistrados do DCIAP e elementos da Autoridade Tributária.
(Notícia atualizada às 16h10 com mais informação)