O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, defendeu hoje, no Luxemburgo, a necessidade de o setor ser financiado por outros fundos que não apenas os da Política Agrícola Comum, ao mesmo tempo que recusa cortes na PAC.
“A Política Agrícola Comum [PAC] e a agricultura não podem ser financiadas apenas pelos fundos da PAC”, disse o ministro, à margem do Conselho de Agricultura e Pescas da União Europeia, apelando para o recurso a apoios do Horizonte Europa, o programa InvestUE, ou da política de coesão, por exemplo.
Os ministros da UE, disse também, defendem que não haja cortes nas verbas da PAC, “que se mantenham os apoios no primeiro e segundo pilares” desta política e que estes sejam justos, dado que os agricultores “recebem cerca de 40% do que recebem as outras profissões”, referindo-se ao rendimento do trabalho.
José Manuel Fernandes, ainda sobre as preocupações que têm sido expressas pelos agricultores, salientou também que tem de ser procurado um equilíbrio na cadeia de valores, para que “o produtor não seja perdedor e haja também um preço justo para o consumidor”.
Os ministros da Agricultura e das Pescas da UE tiveram hoje, no Luxemburgo, a última reunião do Conselho sob presidência belga, que termina no final do mês.