Terminei ontem, 12 de maio, as sementeiras do milho de 2020. Ok, quase terminei… Faltam 2 remates em dois cantos de terreno ainda alagado que precisam de esperar algumas semanas, mas já podemos abrandar o ritmo, recuperar o fôlego e pôr em dia outras tarefas que ficaram para trás!
Curiosamente, a primeira recordação que tenho de semear milho foi também na véspera das celebrações do 13 de maio (ou da procissão de velas que se costuma fazer cá na terra no fim de semana após o 13 de maio). Recordo que o meu pai tinha um semeador antigo, mecânico, com uma tábua atrás a fazer de banco onde eu ia a controlar se a semente não falhava. Depois o meu pai comprou um semeador novo, pneumático, com duas linhas e deixou de ser necessário vigiar a sementeira num banco atrás. Há 20 anos troquei – o por este da foto.
Era costume começar as sementeiras por esta altura, agora já terminei e, por causa das chuvas deste Abril e Maio, até andei uma semana atrasado em relação à média dos últimos anos. Gosto de semear cedo para colher cedo em Setembro e evitar as outras lembranças que tenho da infância, com milho tombado após temporais ou impossível de colher com terras alagadas após as chuvas do início do Outono. Tem ainda a vantagem de ter menos ataques de pragas de insetos quando o milho é pequeno, por causa da temperatura baixa e de aproveitar os melhores dias de verão para o crescimento do milho. Também tem desvantagens. Exige colher a cultura anterior, a erva, mais cedo, com menos quantidade, e o desenvolvimento inicial do milho sofre com a falta de calor. Não há escolhas perfeitas, tudo tem prós e contras…
#carlosnevesagricultor
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