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– 20-06-2007 |
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Seca: Portugal tem posi��o "receosa" na gestáo com Espanha dos recursos h�dricos comunsPortugal mant�m um posi��o "receosa" na gestáo com Espanha dos recursos h�dricos comuns, e ambos os países estáo atrasados na implementa��o da directiva quadro da União Europeia para a �gua, segundo a opini�o de um especialista espanhol. Pedro Arrojo, professor da Universidade de Sarago�a e respons�vel da Funda��o Nova Cultura da �gua, considerou em declarações � Lusa que Portugal e Espanha devem ampliar a forma como gerem os rios transfronteiri�os j� que não discutem a gestáo "ecossist�mica" dos espaços fluviais. "Portugal tem mantido uma posi��o de receio no termo da gestáo dos rios compartidos. E no máximo o que discutem � quanta �gua � nossa e quanta � vossa. não se fala dos rios, fala-se das �guas, não se fala do bosque, fala-se das �rvores", explicou � margem do F�rum Internacional da Seca. "Na matéria da �gua h� muito cepticismo por parte de Portugal, a ideia de que não se pode fazer de outra forma, de que se tenta entrar numa negocia��o a ver o que se consegue, dividindo recursos", afirmou o especialista, admitindo que houve mudan�as "positivas" na postura recente. Arrojo refere que a directiva quadro, a aplicar até 2015, � "uma pequena revolu��o" na gestáo dos espaços fluviais, que exige uma "responsabilidade internacional que vai além da Conven��o de Albufeira", o acordo com base no qual Portugal e Espanha gerem os rios comuns. "O que falha, tanto na gestáo nacional como internacional dos rios � a compreensão coerente e profunda do que nos exige a directiva quadro", afirmou, referindo que esta directiva pode ser muito positiva para Portugal. "Exige que passemos a gerir ecossistemas fluviais, não apenas �gua, exige que se passe de modelos de gestáo de recursos para modelos de gestáo ecossist�mica. � como passar da gestáo madeireira � gestáo florestal", afirmou. Para este especialista, essa exig�ncia europeia não está ainda na consci�ncia das autoridades pol�ticas, menos ainda ao nível. da administração e "ainda muito longe" de ser assumido social e culturalmente ao nível. da cidadania. "Vivemos com uma tradi��o que me envergonha, de que cheg�mos a dizer em documentos oficiais, h� alguns anos – não agora, felizmente – de que t�nhamos que tomar medidas para controlar os recursos dos rios, antes de as �guas se perderem no mar ou em Portugal", afirmou. "� com essa mentalidade que se tem trabalhado. Uma mentalidade de recursos. Destru�dos o estu�rio de Lisboa, afectamos o Guadiana, da mesma forma que destru�mos o estu�rio do Segura, do Ebro ou de outros rios exclusivamente espanh�is", afirmou. Arrojo sustenta que continua a falhar tanto a compreensão pol�tica das autoridades como das sociedades portuguesas e espanholas, que não estáo a ir "mais além" da Conven��o de Albufeira, um documento positivo por "levar as autoridades espanholas a reconhecer que Portugal está a� e que h� que partilhar" mas centrado apenas "num esquema de recursos: quanta �gua uso eu, quanto te dou a ti". "A partilha de caudais � insuficiente e tem que se passar a regimes ambientais a respeitar, qualidade de �guas a respeitar, recupera��o do bom estado ecol�gico dos rios, especialmente nas zonas baixas", afirmou. Reconhecendo que a sua funda��o � regularmente apelidada de "quinta coluna de Portugal em Espanha", Arrojo afirma que não se trata aqui de qualquer nacionalismo, mas sim de adoptar comportamentos europeus, garantindo a implementa��o da directiva quadro. Um processo, frisou, que tanto a nível. nacional como na rela��o transnacional sente j� bastantes atrasos. "Se não acelerarmos os mecanismos de transposi��o e implementa��o da directiva, tanto Portugal e Espanha, separadamente e nos compromissos conjuntos, chegaremos tarde. Temos que acelerar a implementa��o coerente, leal e consistente desta directiva", afirmou. Abel La Calle, da Universidade de Almeria, concorda com a opini�o de Pedro Arrojo, sustentando que os dois países devem apostar em planos de gestáo que, cada vez mais, se confluam. "A gestáo dos rios e das bacias tem de confluir. Este � o desafio que tem que se construir sobre o tratado de Albufeira, unindo não s� as autoridades mas as popula��es dos dois lados da fronteira", frisou.
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