Este ano já se esperava um ano de fraca colheita, mas com a seca as perdas “poderão vir a rondar os 70%”, diz o diretor-geral Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos
A produção de azeitonas está em risco devido à seca. “Não chove, estamos em seca extrema. Temos em mãos um grave problema social”, diz o presidente da Associação de Produtores em Proteção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro (APPITAD), Francisco Pavão, em declarações ao jornal “Público”. Caso chova até outubro ou o mais tardar em novembro a quebra na produção pode atingir os 40%. No entanto, se não chover, as perdas vão ser “muito superiores”.
“A situação do olival de sequeiro é catastrófica, sobretudo na variedade nacional, a Galega”, refere o presidente da APPITAD. Este ano já se esperava uma fraca colheita, sendo essa a consequência da contrassafra (a seguir a um ano de grande produção, tem lugar uma colheita mais fraca). A contrassafra já significava uma quebra de 50% na produção.
Contudo, o cenário agrava-se após meses sem precipitação atmosférica e os rios a secar. As perdas “poderão vir a rondar os 70%”, antecipa o diretor-geral da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB), Hélder Transmontano. As pequenas explorações em sequeiro serão as mais penalizadas.