O responsável da Direção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) Gonçalo de Freitas Leal defendeu, no parlamento, que o regadio é “necessário” para um país com clima mediterrâneo como Portugal.
“A necessidade do regadio impõe-se num país com clima mediterrâneo. [Portugal] é um país onde não chove no verão, ao contrário do que acontece no norte da Europa. Muitos dos que são contra o regadio nem entendem a sua necessidade”, vincou o diretor-geral da DGADR, Gonçalo de Freitas Leal, no parlamento, durante a audição pública Plano Nacional de Investimentos (PNI) 2030.
De acordo com o responsável, o regadio é igualmente importante “para aliviar” as questões relacionadas com as alterações climáticas, como a diminuição da precipitação.
“A importância do regadio é económica, social e ambiental. O regadio em Portugal tem cerca de 560 hectares, sendo 35% regadios públicos”, disse.
No âmbito do PNI são atribuídos 700 milhões de euros ao regadio, divididos entre a revitalização do regadio existente e a criação de novas áreas.
Este valor é independente do montante já previsto para o Programa Nacional de Regadios (PNRegadios).
O Programa Nacional de Investimentos 2030, que se insere no Portugal 2030, define os investimentos infraestruturais estratégicos prioritários, nos setores da mobilidade e transportes, ambiente e energia.
De acordo com a informação disponível na página do Portugal 2030 na internet, o PNI abrange as infraestruturas localizadas em Portugal Continental e estrutura-se por projetos ou programas com investimentos superiores a 75 milhões de euros.
O PNRegadios, apresentado pelo Governo em março de 2018, tem como objetivos aumentar, reabilitar e modernizar os regadios existentes e criar novas áreas, com uma dotação de 560 milhões de euros até 2023.
De acordo com o Programa de Estabilidade 2019-2023, já foram aprovados 60 projetos num investimento total de 280 milhões de euros financiados pelo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020.
O Programa de Desenvolvimento Rural de Portugal foi aprovado na sequência da decisão da Comissão Europeia em dezembro de 2014 e visa o apoio às atividades do setor agrícola assente numa gestão eficiente dos recursos.
Fonte: Sapo.pt