Quem plantar floresta vai poder ser pago pelo sequestro do carbono, mas o Partido Socialista quer espécies de árvores diferentes das tradicionais, mais adaptáveis às alterações do clima
A fragilidade da exposição de Portugal às alterações climáticas impõe, segundo o Partido Socialista, a introdução de espécies florestais não autóctones, mais adaptadas à nova realidade dos fenómenos extremos.
No seu programa eleitoral, o PS quer, por isso, aumentar a área florestal bem como a sua reconversão para espécies mais adaptadas ao território, tendo em vista a resiliência aos riscos, nomeadamente aos incêndios.
Os responsáveis do Partido Socialista consideram ainda determinante a criação de incentivos económicos para projetos de sumidouro florestal e outras atividades no domínio silvícola e agro-florestal que promovam o sequestro de carbono.
Mas não é tudo, pois o PS quer ainda priorizar e majorar o apoio à instalação, à gestão e à promoção da regeneração natural de áreas florestais com espécies de crescimento lento, de modo a assegurar uma acumulação duradoura de carbono atmosférico.
A introdução de espécies florestais não autóctones, mais adaptadas às novas condições climáticas, nas regiões do país mais expostas à desertificação física, visa assegurar a acumulação de carbono atmosférico, o revestimento do solo e o reequilíbrio dos círculos hidrológicos nessas regiões.