Os produtores florestais manifestaram-se hoje preocupados com a reprogramação do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) e alertam o Governo, liderado por Luís Montenegro, que não pode ser feita à custa das medidas florestais.
Numa carta assinada por quatro federações de produtores florestais, enviada ao Governo, os produtores florestais demonstram “a sua preocupação com a redução de 503 milhões de euros nas medidas de investimento”, verba que é transferida para as medidas de superfície e que na sua essência são “medidas que não têm um caráter produtivo”, refere a Fenafloresta – Federação Nacional das Cooperativas de Produtores Florestais em comunicado.
Os subscritores da carta entendem que “é importante que a capacidade de investimento se mantenha no setor agrícola e florestal, pois só assim, é possível continuar a conceder a estes setores os instrumentos financeiros necessários que lhes permitam continuar a afirmar (com propriedade) que estão na linha da frente da inovação, da modernização e da otimização na utilização dos recursos”.
Os produtores florestais exigem ainda que a reprogramação de 503 milhões de euros “não venha a ser feita à custa das medidas de investimento florestal, como já aconteceu no passado”.
Além disso, chamam à atenção para o “enorme atraso que as medidas florestais do PEPAC estão a ter, uma vez que já se sabe que não vão abrir candidaturas em 2024”.
Para as federações, esta situação é ainda “mais preocupante” porque desde outubro de 2023 “não abrem candidaturas”, ficando o setor florestal “privado, durante mais de um ano, de investimentos”, lê-se na nota divulgada
Produtores Florestais não podem “bater palmas” à Reprogramação do PEPAC