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– 14-08-2002 |
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Produtores da Leicar criticam "projectos megalémanos" da Agros e da LactogalPorto, 14 Ago "O ministro da Agricultura não pode apoiar projectos desta dimensão, megalémanos para a dimensão do nosso Pa�s, porque senão não haver� dinheiro para apoiar projectos dos agricultores", defendeu o presidente da Leicar – Associa��o de Produtores de Leite e Carne em confer�ncia de imprensa na P�voa de Varzim. Jos� Oliveira referia-se � constru��o, j� em curso, de uma nova f�brica da Lactogal em Modivas, Vila do Conde, e ao projecto de uma outra unidade em Santar�m, no valor de 124,7 e 59,9 milhões de euros (25 e 12 milhões de contos), respectivamente. O Também vice-presidente da Confedera��o de Agricultores de Portugal (CAP) criticou Também um projecto da Agros – que integra a Lactogal com a Lacticoop e a Proleite – que prev� a constru��o, em Argivai, P�voa de Varzim, de uma nova sede social dotada de um campo de futebol, piscina, lar para idosos e mercado de gado, no valor total de 29,9 milhões de euros (seis milhões de contos). "� uma loucura que s� se pode entender como sendo para satisfazer um capricho e vaidade pessoal do presidente da Agros, que quer deixar uma marca na regi�o", considerou Jos� Oliveira. Em sua opini�o, "uma empresa com o m�nimo sentido de gestáo não se pode lan�ar em investimentos desta grandeza num país como Portugal", pelo que o Governo "não os pode apoiar". "Que benef�cios traz para os agricultores da regi�o um campo de futebol ou um lar de idosos?", questionou, sustentando que a constru��o destas infra-estruturas "não cabe a uma empresa, mas aos munic�pios". Quanto ao projectado mercado de gado, lembrou a recente inauguração, h� apenas seis meses, de uma estrutura semelhante da responsabilidade da Leicar que, garante, "j� satisfaz as necessidades de toda a regi�o de Entre Douro e Minho". De acordo com o presidente da Leicar, imp�e-se, antes, uma "inversão na pol�tica de apoios directos aos agricultores", sobretudo no sentido de financiar investimentos na adequa��o ambiental das explora��es agr�colas. Isto porque, frisou, "mais de 95 por cento" destas explora��es "não estáo em condi��es de respeitar as normas ambientais" em vigor, impondo-se um "grande esfor�o financeiro" por parte dos agricultores para as converter. A situa��o assume ainda contornos mais graves, segundo Jos� Oliveira, na medida em que s� depois de terem as explora��es devidamente licenciadas os agricultores se podem candidatar a projectos de investimento aos fundos comunitários. "Se forem apoiados projectos megalémanos, depois não haver� dinheiro para apoiar os dos agricultores, que a curto prazo iráo perder produtividade", alertou. Na confer�ncia de imprensa, a Leicar criticou ainda a proposta apresentada pela Federa��o Nacional das Cooperativas de Leite (Fenalac), Associa��o Nacional dos Industriais de Lactic�nios (Anil) e Confedera��o Nacional das Cooperativas Agr�colas (Confagri) para criação de um laboratério interprofissional do sector. Segundo salientou Jos� Oliveira, a constitui��o do laboratério � uma "luta de h� v�rios anos" da Leicar e da CAP, por se tratar de uma "estrutura fundamental" para credibilizar o processo de análise do leite, actualmente da responsabilidade da ind�stria. Contudo, sublinhou, a proposta apresentada "não respeita a lei da representatividade entre a produ��o e a ind�stria", pelo que "não � aceit�vel" pelos agricultores, que ficariam "em minoria". "S� dentro de um quadro de igualdade � que o Governo deve apoiar [a criação do laboratério interprofissional], senão a produ��o fica numa situa��o ainda mais dif�cil do que a actual", concluiu.
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