O produtor de vinhos do Douro e Trás-os-Montes Costa Boal anunciou hoje a expansão do negócio para o Alentejo e um crescimento imediato de cerca de 40% da produção, perspetivando chegar às 330 mil garrafas em dois anos.
“Apesar do contexto económico difícil, provocado pela pandemia covid-19, tínhamos clientes que nos estavam a pedir vinhos do Alentejo, nomeadamente no mercado nacional e de exportação, e não quisemos perder uma boa oportunidade de negócio”, afirmou o produtor António Boal, em comunicado.
O empresário de 41 anos possui vinhas e produção no Douro e Trás-os-Montes, designadamente 230 mil garrafas por ano nas duas regiões, uma aposta que foi agora reforçada com o novo projeto vitivinícola em Estremoz e inserido na Denominação de Origem Controlada (DOC) do Alentejo.
Sem concretizar o valor da aquisição, referiu que o negócio inclui a compra de ‘stock’ de vinhos existentes na adega, de cerca de 140 mil litros de vinho.
O novo projeto “significa um crescimento imediato de cerca de 40% da produção” e “de 30% da faturação no próximo ano”. O produtor prevê chegar às 330 mil garrafas em dois anos.
“Queremos manter no Alentejo a produção própria e de vinhos de nicho, pelo que a existência de 10 hectares de vinha e adega montada no Monte dos Cardeias foi um fator decisivo para o bom desfecho do negócio”, especificou António Boal.
O produtor e o enólogo Paulo Nunes estão agora a trabalhar no registo de marcas e na criação dos lotes, de modo a colocar no mercado, nos próximos meses, as novas referências Costa Boal para o Alentejo.
A estreia na comercialização de vinhos com marca própria aconteceu em 2011. A adega no Douro, localizada na aldeia de Cabêda, concelho de Alijó, data de 1857, foi recentemente renovada e é hoje o centro de produção na Região Demarcada do Douro.