Os presidentes de Moçambique e Quénia anunciaram hoje que querem dar prioridade ao processamento agrícola com valor acrescentado nos setores do chá, açúcar e café.
William Ruto e Filipe Nyusi encontraram-se na quinta-feira em Dacar, capital do Senegal, à margem da Cimeira Alimentar Africana.
A intenção conjunta de apostar no processamento nalguns setores agrícolas foi expressa hoje em comunicado distribuído pela presidência queniana, sem mais detalhes.
William Ruto destacou a importância de existirem blocos regionais que facilitem a movimentação de pessoas e bens e fez um apelo para que todos os países assinem o acordo tripartido entre Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, sigla inglesa), Comunidade da África Oriental (EAC, sigla inglesa) e a organização dos Mercado Comum da África Oriental e Austral (Comesa, sigla inglesa).
A ratificação da “aliança tripartida” servirá para unir os três blocos regionais, destacou no comunicado.
“Isto vai viabilizar um enquadramento melhorado para comércio e investimento, sem complicações desnecessárias”, concluiu Ruto.
O encontro entre Nyusi e Ruto decorreu na sequência de outras iniciativas de aproximação entre os dois países, que assinaram um acordo geral de cooperação em 2021.
No mesmo ano, o Quénia inaugurou o seu alto-comissariado em Maputo, naquela que passou a ser a primeira representação diplomática do país em Moçambique.
Moçambique tem missão diplomática em Nairobi, capital do Quénia desde 1997.
Há cerca de um ano, em fevereiro de 2022, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) anunciou a intenção de, juntamente com representantes quenianos, organizar um fórum de negócios para aproximar empresários dos dois países.
O Quénia foi o 34.º destino de exportações moçambicanas em 2020, no valor de 6,6 milhões de euros e a 50.ª origem de importações, com um valor de 6,9 milhões de euros.